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Evo chama oposição para diálogo por paz; Carlos Mesa se recusa

Na Bolívia, confrontos entre apoiadores do atual presidente e manifestantes de oposição já duram três semanas

Internacional|Da EFE

Candidatos nas eleições presidenciais: Mesa negou proposta de Morales
Candidatos nas eleições presidenciais: Mesa negou proposta de Morales

O presidente da Bolívia, Evo Morales, convocou neste sábado (9) a oposição para instalar uma mesa de diálogo em busca da pacificação do país, imerso em uma grave crise política e social depois das eleições realizadas há menos de três semanas, mas já recebeu a recusa de seu antecessor no cargo, Carlos Mesa.

Morales falou com a imprensa pela primeira vez desde o começo de uma revolta da polícia, iniciada ontem, e, além de dizer que quer conversar com a oposição, pediu que as forças de segurança cumpram seu papel constitucional.

Em um pronunciamento na cidade de El Alto, vizinha da capital La Paz, no qual não houve espaço para perguntas dos jornalistas, o presidente eleito para um quarto mandato quer conversar com os partidos que conseguiram representação parlamentar no pleito de 20 de outubro. São eles, além do Movimento ao Socialismo, de Morales, proclamado vencedor pelo órgão eleitoral, os opositores Comunidade Cidadã, o Partido Democrata Cristão e o Bolívia Diz Não.

Manifestantes pedem renúncia de Morales


"Faço essa convocação com uma agenda aberta a pacificar a Bolívia, em uma reunião imediata para instalar uma mesa de diálogo. O objetivo é preservar a vida e buscar a unidade", declarou Morales.

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As mobilizações a favor e contra o presidente ocorrem desde o fim das eleições, que, conforme denúncia da oposição e de comitês civis, foram fraudulentas. Eles exigem a renúncia de Morales e a convocação de um novo pleito.


"Esperamos ser escutados", disse o chefe de governo, que convocou organizações como as Nações Unidas, a Organização dos Estados Americanos e "países de qualquer parte do mundo", além de diferentes igrejas presentes em território nacional, a acompanhar o diálogo.

'Não tenha nada a negociar', disse Mesa


Entretanto, Carlos Mesa, que presidiu a Bolívia de 2003 a 2005 e encabeçou a aliança Comunidade Cidadã no mês passado, afirmou que não pretende conversar com Morales.

"Não tenho nada a negociar com Evo Morales e seu Governo. Ele quer dar a uma parte da sociedade, aos partidos, uma responsabilidade que é exclusivamente sua", declarou.

No discurso em El Alto, Morales também falou sobre a situação da Polícia Boliviana, na qual deste esta sexta vêm acontecendo seguidos motins. Ele pediu o fim das rebeliões e disse que cumprir a Constituição e manter a segurança da população é dever das forças de segurança.

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