Internacional 'Ex-chanceler' das Farc é preso no México a pedido do Paraguai

'Ex-chanceler' das Farc é preso no México a pedido do Paraguai

Rodrigo Granda foi um dos negociadores do acordo de paz entre os guerrilheiros e o ex-presidente colombiano Juan Manuel Santos

  • Internacional | Do R7, com EFE

Rodrigo Granda, um dos ex-líderes das Farc foi preso no México

Rodrigo Granda, um dos ex-líderes das Farc foi preso no México

DANIEL MUNOZ / AFP

Rodrigo Granda, um dos ex-líderes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), foi preso na terça-feira (19) ao desembarcar em aeroporto no México, após uma ordem um pedido de prisão feito pelo Paraguai para a Interpol por acusações de sequestro, associação criminosa e homicídio intencional

De acordo com a Interpol, o Paraguai emitiu uma "difusão vermelha", que é um pedido às agências de aplicação da lei em todo o mundo para localizar e deter provisoriamente uma pessoa pendente de extradição, rendição ou ação judicial similar.

Segundo o partido Comunes, que surgiu da desmobilização da guerrilha colombiana, Grande tinha recebido autorização da Jurisdição Especial para a Paz para participar de uma convenção de partidos de esquerda na capital mexicana e, portanto, o governo colombiano não podia solicitar sua prisão junto às autoridades de outro país.

"A Interpol Colômbia não tem poder ou acesso para modificar, esclarecer ou cancelar as informações publicadas por outros países", escreveu o ministro da Defesa colombiano, Diego Molano, no Twitter.

Granda tinha o codinome "Ricardo Téllez" e era conhecido como o "chanceler" das Farc quando atuava na guerrilha. Ele foi um dos negociadores do acordo de paz em Havana. Sua captura ocorre a pouco mais de um mês do quinto aniversário do pacto, assinado entre os guerrilheiros e o ex-presidente colombiano Juan Manuel Santos.

Farc no Paraguai

Segundo livro publicado pelo jornalista Andrés Colmán sobre o grupo guerrilheiro Exército do Povo Paraguaio (EPP), dois membros das Farca conselharam o Partido Pátria Livre (PPL) - de onde saiu essa organização - no sequestro de Cecilia Cubas, filha do ex-presidente Raúl Cubas.

Ela foi encontrada morta em 16 de fevereiro de 2005, enterrada em uma casa na periferia de Assunção, no Paraguai, após cinco meses de buscas e depois que sua família pagou cerca de US$ 300 mil aos sequestradores por sua libertação.

O motivo do mandado de prisão internacional emitido pelo governo paraguaio seria justamente pelo envolvimento de Granda nesse crime.

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