Ex-ginasta e suposta amante de Putin vira alvo de cobranças por mais sanções internacionais
Caso com Alina Kabaeva nunca foi assumido pelo líder russo apesar de ser uma relação muito próxima e de conhecimento público
Internacional|Do R7
Os Estados Unidos anunciaram, nesta quarta-feira (6), novas sanções contra Moscou para pressionar pelo fim da guerra na Ucrânia. Além de proibir negócios com os principais bancos russos, o país norte-americano estendeu as restrições aos familiares de políticos da cúpula do governo, como as filhas de Vladimir Putin, Katerina e Maryia, e parentes de Dmitry Medvedev e Mikhail Mishustin.
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Segundo a Casa Branca, as novas sanções foram aplicadas porque "esses indivíduos enriqueceram à custa do povo russo".
Logo após o anúncio, o nome da ex-ginasta Alina Kabaeva passou a ser citado como alguém que deveria estar nessa lista por ser amante de Putin há vários anos. A atleta e o político negam o romance, mas têm uma relação muito próxima. Inclusive o divórcio do líder russo de sua ex-esposa, Lyudmila Putina, em 2013, é atribuído ao caso extraconjugal com a atleta olímpica.
Uma reportagem publicada pela Newsweek afirma que o jornal russo Moskovsky Korrespondent chegou a ser fechado por uma semana, em 2008, depois que divulgou um texto que sugeria que a separação de Putin tinha relação com a ginasta.
Georgy Alburov, que trabalha com o líder da oposição russa Alexei Navalvy, fez uma série de postagens no Twitter cobrando a inclusão de Kabaeva como alvo de sanções internacionais.
"Meus amigos, parece ter havido um mal-entendido monstruoso. De alguma forma, incrivelmente, uma grande propagandista russa e uma mulher MUITO próxima de Putin não foi sancionada. O nome dela é Alina Kabaeva", postou Alburov.
Após uma carreira de destaque no esporte, Kabaeva entrou para a vida política aos 24 anos, quando se filiou ao Partido Rússia Unida, do qual Putin faz parte, e foi eleita para atuar na Duma estadual, a Câmara dos Deputados.
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Alburov destacou que, após abandonar a política, Kabaeva passou a trabalhar no National Media Group (NMG), em que ocupa atualmente o cargo de diretora e tem um salário anual de US$ 10 milhões. O grupo tem canais de televisão, jornais e rádios e seria usado pelo Kremlin para propagar ideias defendidas pelo governo sobre a guerra na Ucrânia.
Uma das postagens de Alburov mostra imagens de manchetes dos canais do NMB que falam sobre "inconsistências" nos registros de civis mortos em Bucha, cidade próxima de Kiev que ganhou o noticiário pelas imagens de centenas de corpos pelas ruas.
Em uma entrevista ao veículo russo Tass, Kabaeva usou exatamente o mesmo argumento de Putin para justificar a guerra: "A Rússia decidiu proteger Donbass e Luhansk dos nazistas".
Segundo o jornal britânico Telegraph, a ex-ginasta e seus quatro filhos, todos supostamente de Putin, estariam escondidos na Suíça, mas não há comprovação do paradeiro. Outras reportagens da mídia estrangeira mencionam que Kabaeva estaria em um abrigo subterrâneo na Sibéria, região isolada do território russo.