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Ex-líder das Maldivas é preso após governo declarar emergência 

Crise foi gerada depois que presidente, Abdulla Yameen, não acatou uma decisão do Supremo sobre opositores

Internacional|ANSA Brasil

Autoridades prenderam o presidente da Suprema Corte
Autoridades prenderam o presidente da Suprema Corte Autoridades prenderam o presidente da Suprema Corte

O governo das Maldivas declarou nesta terça-feira (6) estado de emergência em meio à crise gerada após o presidente, Abdulla Yameen, não acatar uma decisão do Supremo sobre opositores. Segundo o jornal local Mihaaru, pouco depois do anúncio, as autoridades locais prenderam o presidente da Suprema Corte, Abdulla Saeed, e o ex-ditador Maumoon Abdul Gayoom, meio-irmão do atual chefe de Estado, que governou entre os anos de 1978 e 2008. 

Saeed foi detido no interior do Supremo Tribunal em companhia do juiz Ali Hameed, e o adminstrador judicial Hassan Saeed, embora as acusações contra ele ainda não tenham sido reveladas. No Twitter, a polícia local afirmou que a detenção do magistrado Hameed ocorreu em decorrência de "uma investigação ainda em curso". De acordo com o advogado de Gayoom, a prisão foi ocasionada por acusações de "propinas a membros do Parlamento, tentativa de propina e tentativa de derrubar ilegalmente o governo".

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Na segunda-feira (5), o governo das Maldivas declarou estado de emergência por 15 dias assegurando que "embora alguns direitos sejam restritos, os movimentos em geral, serviços e empresas não serão afetados".

A decisão ocorre depois que, na última semana, a Suprema Corte ordenou a reabilitação de 12 deputados opositores e a libertação de nove líderes da oposição que estavam presos, entre eles o principal rival político de Yameen, o ex-presidente Mohamed Nasheed, que está exilado no Reino Unido desde 2006, quando viajou após receber uma licença médica na prisão.

O Supremo do país afirma que as condenações dos opositores foram influenciadas politicamente. No entanto, Yameen não acatou a ordem da Corte, o que gerou protestos da oposição em Male, capital do país. Além disso, o mandatário enviou uma carta ao órgão em que diz que a ordem invade os poderes do Estado e é uma "violação da segurança nacional e do interesse público". Ele exige que a corte reconsidere as preocupações do governo.

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