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Ex-ministra lança candidatura para unir esquerda contra Macron

Francesa Christiane Taubira afirma querer defender um governo "que saiba dialogar, em vez de dar lição de moral"

Internacional|Do R7

Christiane Taubira discursa ao oficializar sua candidatura às eleições presidenciais da França
Christiane Taubira discursa ao oficializar sua candidatura às eleições presidenciais da França

A ex-ministra da Justiça francesa Christiane Taubira se lançou oficialmente como candidata às eleições presidenciais de abril, com o objetivo ambicioso de unir uma esquerda muito fragmentada, onde já existem outros candidatos para tentar derrotar Emmanuel Macron.

O anúncio foi feito neste sábado (15), em Lyon, centro da França. No discurso de lançamento de sua candidatura, Taubira disse querer responder à "raiva" e às "injustiças sociais" e defender um governo "que saiba dialogar, em vez de dar lição de moral".

Ministra do ex-presidente socialista François Hollande, Taubira, de 69 anos, Taubira nasceu no território da Guiana Francesa. Foi candidata na eleição presidencial de 2002, obtendo 2,3% dos votos.

Ela se apresenta como candidata dentro de uma iniciativa cidadã que busca laçar um candidato único da esquerda. Para isso, convocou-se primárias para o final de janeiro.


Neste momento, a três meses do primeiro turno da eleição presidencial na França, a realidade é bem diferente. A esquerda já tem seis candidatos. E, embora nenhum ultrapasse 10% das intenções de voto, não há sinais de algum deles pretenda se somar à iniciativa de Taubira.

Entre os candidatos da esquerda, estão a prefeita de Paris, a socialista Anne Hidalgo; o líder da França Insubmissa, Jean-Luc Melenchon; e o ambientalista Yannick Jadot. 


Segundo pessoas mais próximas, Taubira continua despertando "fervor" entre os eleitores de esquerda, desiludidos após a vitória de Macron, em 2017, e o colapso dos partidos tradicionais. 

Macron ainda não se declarou candidato oficialmente, mas as pesquisas indicam que ele venceria o primeiro turno contra a candidata da extrema direita, Marine Le Pen, que aparece com pouca vantagem em relação à candidata da direita, Valérie Pécresse.

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