Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Ex-padre chileno é preso preventivamente por estupro e abuso de menores

Óscar Muñoz fez quatro vítimas entre 2009 e 2018, sendo que uma delas foi repetidas vezes estuprada

Internacional|Do R7

Manifestantes protestam contra abusos sexuais na Igreja Católica do Chile
Manifestantes protestam contra abusos sexuais na Igreja Católica do Chile

A Justiça do Chile decretou na quarta-feira (15) a prisão preventiva do ex-padre e ex-chanceler do Arcebispado de Santiago, Óscar Muñoz, condenado na semana passada por crimes de estupro e abuso de menores e um dos clérigos chilenos que o papa Francisco desvinculou da Igreja em 2019.

O Tribunal de Apelações de Santiago impôs a medida cautelar a pedido da Procuradoria Metropolitana do Centro-Norte e aguarda a decisão final, que será anunciada em 18 de junho.

No último dia 8, Muñoz foi considerado culpado de abusar de quatro menores entre 2009 e 2018 e de estuprar repetidamente um deles, crimes pelos quais o Ministério Público exige 30 anos de prisão.

Em novembro de 2019, o papa Francisco expulsou Muñoz do sacerdócio e impôs a “renúncia do estado clerical” pelas mesmas acusações, o que causou alvoroço no clero chileno.


Esta ação fez parte de uma visita papal motivada pelas alegações de abuso contra vários membros do clero, que terminou com a renúncia de sete deles e, posteriormente, a expulsão de outros dois agora ex-bispos.

O Chile é um dos países latino-americanos mais afetados por denúncias de abuso sexual dentro da Igreja Católica e vem adicionando novos casos há mais de uma década desde que o primeiro grande escândalo, do ex-padre Fernando Karadima, veio à tona.


Leia também

O caso Karadima, denunciado por repetidos abusos sexuais de menores, abalou as fundações de uma das instituições mais poderosas do país e, nas palavras do papa Francisco, revelou “uma cultura de abuso e acobertamento” dentro da Igreja.

De acordo com os últimos números divulgados pelo Ministério Público, em 2021 ainda havia 65 inquéritos judiciais abertos contra 116 pessoas ligadas à Igreja Católica, envolvendo 220 vítimas, metade das quais eram menores de idade à época dos fatos.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.