O Tribunal de investigação preliminar do Supremo Tribunal peruano anulou o indulto humanitário concedido em dezembro último ao ex-presidente do Peru, Alberto Fujimori (1990-2000). As informações são do El Comércio.
A ordem foi determinada pelo presidente da instituição, Hugo Nuñez Julca, que, por meio de conta no Twitter informou que foram pedidas a localização e captura do ex-presidente.
Desta maneira, fica inválido o perdão dado pelo também ex-presidente PPK (Pedro Pablo Kuczynski), que renunciou em março após acusações de corrupção e compra de votos.
A concessão do indulto já havia dividido o país. Isto porque, meses antes de renunciar, PPK já vivia sob a ameaça de um impeachment, do qual se livrou em uma votação no parlamentar que contou com o surpreendente voto de 10 fujimoristas dissidentes.
O indulto foi concedido apenas três dias depois. O governo, na época, negou haver alguma relação entre os dois acontecimentos.
Segundo Miguel Pérez Arroyo, advogado de Fujimori, seu cliente está "bastante desanimado" com esta resolução. E, apesar de afirmar que a decisão "é aceitável" do ponto de vista legal ", mas é questionável", ressaltou que irá recorrer.
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Até o indulto, Fujimori ficou preso após ser condenado em duas ocasiões, em 2009: em abril, por crimes contra a humanidade (25 anos) e em julho, por corrupção e apropriação de recursos públicos (7,5 anos).
Em relação aos crimes contra a humanidade, a Justiça o considerou responsável por massacres ocorridos em La Cantuta e Barrios Altos, que deixaram dezenas de pessoas mortas, após serem sequestradas por membros do Exército do Peru.
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