Ex-presidente da África do Sul será processado por corrupção
Promotor-chefe do país levará adiante 16 acusações de corrupção contra Jacob Zuma, que recentemente renunciou à presidência
Internacional|Carolina Vilela* e Cristina Charão, do R7
Jacob Zuma, ex-presidente da África do Sul, será processado por corrupção relacionada a um acordo de compra de armas de US$2,5 bilhões no final da década de 1990, afirmou promotor-chefe do país, Shaun Abrahams, nesta sexta-feira (16).
"Depois de analisar o assunto, sou de opinião que existem perspectivas razoáveis de ter um processo bem sucedido de Zuma sobre as acusações constantes da acusação", disse Abrahams à Reuters e acrescentou que Zuma contesta todas as acusações contra ele.
Segundo a Associated Press, o ex-presidente será processado em 16 acusações de corrução.
Há dez anos, as acusações contra Zuma haviam sido retiradas pela Justiça sul-africana.
Renúncia após escândalos
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Jacob Zuma governou a África do Sul de 9 de maio de 2009 a 14 de fevereiro de 2018, quando renunciou depois de ser pressionado pelo seu próprio partido, o CNA (Congresso Nacional Africano), a deixar o cargo por conta do envolvimento em diferentes escândalos de corrupção.
Zuma foi substituído por seu vice-presidente, Cyril Ramaphosa.
Após a notícia da abertura do processo, o CNA divulgou nota dizendo que "reafirma a confiança no sistema de Justiça do paí e o respeito pela independência do Judiciário". O partido de Zuma e do atual presidente Ramaphosa também declarou que está "comprometido com o princípio constitucional de que todos são iguais perante a lei".
*Estagiária do R7 sob supervisão de Cristina Charão