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Explosão em ônibus deixa ao menos 3 mortos no norte da Síria

Observatório Sírio de Direitos Humanos informou que há nove feridos, alguns deles em estado grave. Motivo do acidente ainda não foi identificado

Internacional|Do R7

Pelo menos três pessoas morreram neste domingo (20) e outras nove ficaram feridas por uma explosão em um ônibus na cidade de Afrin, no norte da Síria, que é controlada por facções aliadas do governo da Turquia, coincidindo com o primeiro aniversário da ofensiva turca nesta região.

O OSDH (Observatório Sírio de Direitos Humanos) informou em comunicado que aconteceu uma "violenta explosão" que deixou três mortos e nove feridos, alguns deles em estado grave, mas a ONG não identificou o motivo da explosão.

"A explosão foi provocada por uma bomba dentro do ônibus", disse à Agência Efe por telefone o diretor do OSDH, Rami Abdul Rahman.

O atentado aconteceu perto da praça de Kawa o Ferreiro, um lugar com valor "simbólico" para a população curda, que é majoritária na região.


Nessa praça no centro de Afrin havia uma estátua dedicada ao herói mitológico curdo Kawa o Ferreiro, que foi derrubada pelas forças turcas após a invasão de Afrin no início do ano passado.

A Defesa Civil Síria, grupo que também é conhecido como "Capacetes Brancos", informou no Twitter que a explosão afetou um ônibus de transporte urbano de passageiros, entre os quais deixou pelo menos dois mortos e dez feridos.


Uma fotografia divulgada pelo grupo mostra um ônibus com janelas, teto e laterais completamente destruídos.

A Defesa Civil Síria, que atua como grupo de resgate em áreas fora do controle do governo sírio, afirmou que os feridos foram transferidos para os hospitais da cidade.


O atentado aconteceu no primeiro aniversário do início da operação militar Ramo de Oliveira, com a qual a Turquia conquistou a região de Afrin, expulsando a milícia curda Unidades de Proteção do Povo (YPG, na sigla em curdo), que Ancara considera terrorista, mas é aliada dos Estados Unidos.

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, anunciou em dezembro que pretende lançar uma nova ofensiva contra as YPG em outras partes do norte da Síria.

No entanto, o presidente dos EUA, Donald Trump, advertiu na semana passada que "arrasará economicamente" a Turquia se esta atacar os curdos, aos quais também pediu que não provocassem Ancara. 

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