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Fala de Biden sobre Ucrânia pode desestabilizar situação, diz Rússia

Presidente dos Estados Unidos ameaçou uma resposta "severa" no caso de um ataque russo ao território ucraniano

Internacional|

O presidente Joe Biden fala com repórteres durante uma entrevista coletiva na Casa Branca
O presidente Joe Biden fala com repórteres durante uma entrevista coletiva na Casa Branca O presidente Joe Biden fala com repórteres durante uma entrevista coletiva na Casa Branca

A Rússia denunciou, nesta quinta-feira (20), os comentários "desestabilizadores" do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. O líder americano ameaçou uma resposta "severa" no caso de um ataque russo à Ucrânia, no momento em que o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, busca em Berlim apoio dos europeus contra Moscou.

A reação do Kremlin veio depois que o presidente dos Estados Unidos disse que Moscou pagaria um alto preço se invadisse a Ucrânia, incluindo perda de vidas e duras sanções à sua economia. "Será um desastre para a Rússia", insistiu.

Para o Kremlin, essas declarações "podem contribuir para desestabilizar a situação" e "levantar esperanças totalmente falsas" entre algumas autoridades ucranianas, segundo o porta-voz, Dmitri Peskov.

Na capital alemã, Blinken iniciou reuniões com seus colegas da França e Alemanha e com a secretária de Relações Exteriores britânica, antes de negociações cruciais com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, em Genebra, na próxima sexta-feira (21).

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Na quarta-feira, o secretário de Estado esteve em Kiev para mostrar seu apoio à Ucrânia e instou o presidente russo, Vladimir Putin, a permanecer na "via diplomática e pacífica".

Com dezenas de milhares de soldados russos na fronteira ucraniana, crescem os temores de um conflito aberto.

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Moscou insiste que não quer invadir a Ucrânia e justifica o deslocamento de tropas pela suposta ameaça representada pela Otan. Antes das negociações, apresentou exigências, incluindo um veto à adesão da Ucrânia à aliança militar transatlântica.

Sem promessas escritas

Washington rejeitou os pedidos, e o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse esta semana que "não comprometerá seus princípios básicos, como o direito de cada nação escolher seu caminho".

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Importantes reuniões entre as partes foram realizadas na semana passada em Genebra, Bruxelas e Viena, sem avanços.

Os aliados da Otan sinalizaram sua disposição de continuar conversando, mas Moscou está pedindo uma resposta por escrito às suas propostas, que também incluem a limitação das manobras ocidentais na antiga zona de influência soviética.

Em Kiev, Blinken disse que não daria uma resposta formal a Lavrov em suas negociações em Genebra na sexta e pediu ao Kremlin que dissipe a ameaça de uma invasão da Ucrânia.

A Ucrânia luta contra forças separatistas pró-russas no leste do país desde 2014, ano em que Moscou anexou a península da Crimeia. Mais de 13 mil pessoas morreram nesse conflito.

Neste contexto, Washington anunciou na quarta "uma provisão de 200 milhões de dólares em ajuda para segurança defensiva adicional" à Ucrânia, quantia que completa os 450 milhões de dólares já acordados.

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O Reino Unido também anunciou esta semana o envio de armas defensivas para a Ucrânia. E, nesta quinta, uma autoridade informou que os Estados Unidos aprovaram pedidos de países bálticos para enviar armas de fabricação americana à Kiev.

As autoridades de Kiev solicitaram em várias ocasiões armas à Alemanha, mas Berlim até agora recusou.

Gasoduto alemão

Durante sua primeira visita à Ucrânia na segunda-feira, a nova ministra das Relações Exteriores, Annalena Baerbock, assegurou que a Alemanha "faria tudo para garantir a segurança da Ucrânia", mas descartou o envio de armas.

Em Berlim, as discrepâncias entre os aliados ocidentais podem reaparecer sobre o polêmico gasoduto Nord Strem 2, que deve dobrar o fornecimento de gás natural da Rússia para a Alemanha, sem passar pela Ucrânia.

O chanceler Olaf Scholz alertou que as novas tensões com Moscou podem ter consequências para este gasoduto, que já está concluído, mas não entrou em serviço até a luz verde do regulador de energia alemão.

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