'Falhar não é uma opção', diz secretário-geral da ONU na COP26
António Guterres disse que países do G20 têm uma responsabilidade especial na redução da emissão de gases de efeito estufa
Internacional|Letícia Sepulveda e Sofia Pilagallo, do R7
Durante a abertura da COP26, em Glasgow, nesta segunda-feira (1º), o secretário-geral das Nações Unidas do português António Guterres disse que "falhar não é uma opção".
Ele pediu ações concretas para diminuir as emissões de gases de efeito estufa em 45% até 2030. "Os países do G20 têm uma responsabilidade especial porque representam 80% das emissões". Apontou que os países em desenvolvimento precisam também fazer a sua parte, "precisamos da ambição máxima de todos os países para que o encontro Glasgow seja bem sucedido".
"Se os compromissos não forem cumpridos até o final dessa COP, os países devem repensar suas políticas sobre mudanças climáticas não a cada cinco anos, mas a cada momento."
"Chega de maltratar a biodiversidade. Chega de nos matarmos com o carbono. Chega de tratar a natureza como lixo. Basta de queimar, perfurar e minar cada vez em maior profundidade. Estamos cavando nossa própria cova", advertiu Guterres.
Na abertura da cúpula Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, foi o primeiro a subir ao palco e comparou a mudança climática com uma bomba-relógio que precisa ser desativada.
"Sejam bem-vindos à Escócia, cujo filho mais famoso é James Bond. Estamos naquela situação em que ele vai definir qual fio cortar da bomba-relógio, sempre chegando ao perigo do fim do mundo. A situação é parecida hoje com líderes globais, exceto que a tragédia é que não estamos em um filme, e essa bomba-relório é real", disse Johnson.