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Família de brasileiros mortos no Chile faz vaquinha para velório

Investigações preliminares dão conta de que grupo morreu intoxicado por inalação de monóxido de carbono. Eles estavam em Santiago a turismo

Internacional|Ana Luísa Vieira, do R7

Prédio foi esvaziado após brasileiros morrerem em apartamento
Prédio foi esvaziado após brasileiros morrerem em apartamento

Parentes dos seis brasileiros que morreram nesta quarta-feira (22) em um edifício no centro de Santiago, no Chile, tentam arrecadar pela internet o dinheiro necessário para trazer os corpos de volta ao Brasil e realizar o velório.

O objetivo, segundo a solicitação aberta em uma página de financiamento coletivo, é arrecadar R$ 100.000,00. "Uma tragédia em meio à dor de perder a mãe que estava sendo velada no Brasil", diz a publicação. Até o meio do dia desta quinta-feira (23), já haviam sido arrecadados mais de R$ 3.000,00. 

Apartamento alugado pela internet

No Chile a turismo, os brasileiros chegaram no país havia uma semana e alugaram o apartamento onde estavam hospedados pela internet. 


Investigações preliminares dão conta de que o grupo morreu intoxicado por inalação de monóxido de carbono. Eles passaram mal e, na quarta, uma das pessoas chegou a ligar para um parente, falando frases desconexas. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, esse familiar acionou o consulado brasileiro.

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O cônsul foi até o local, mas ninguém abriu a porta. Enquanto isso, os celulares das vítimas tocavam no interior do apartamento sem resposta. Após arrombar o imóvel, a polícia encontrou os brasileiros, quatro adultos e dois adolescentes de 13 e 14 anos, já mortos.


"Recebemos uma mensagem do familiar no telefone de emergência consular (...) Ele suspeitava que algo grave estava acontecendo e eu decidi vir pessoalmente. Subimos até o apartamento no sexto andar, batemos na porta, ninguém respondeu. Pedimos ajuda para abri-la, entramos, sentimos um cheiro de gás muito forte e achamos os seis corpos já sem vida", destacou o cônsul brasileiro em Santiago, Ezequiel Gerd Chamorrro, ao jornal chileno La Tercera.

Não se descarta que a alta concentração de monóxido de carbono detectada no local esteja relacionada com o tipo de calefação utilizada nos prédios. Todos os moradores foram retirados de seus apartamentos, devido ao perigo que corriam se permanecessem no interior do edifício.


Posicionamento de plataforma

Ao La Tercera, um dos moradores, identificado como Felix Brito, disse que o incidente ocorreu por volta das 17h40 no horário local (18h40 no horário de Brasília). “Do nada, escutei esse escândalo de bombeiros, ambulância e tudo o mais (...) Abri a porta e havia um bombeiro dizendo que estavam evacuando o prédio. No desespero, só consegui pegar a chave e o celular.”

Brito confirmou ao jornal que a dona do apartamento onde os brasileiros morreram costuma alugá-lo pelo Airbnb — serviço online de compartilhamento de acomodações. Em nota enviada ao R7, a plataforma lamenta o incidente. Leia na íntegra:

"Estamos profundamente consternados com este trágico incidente. Nós nos solidarizamos com os familiares e estamos em contato para prestar todo apoio necessário aos familiares neste momento difícil. A segurança de nossa comunidade de viajantes e anfitriões é a nossa total prioridade."

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