Família diz que aliado de Guaidó que foi preso é mantido em isolamento
Édgar Zambrano foi levado para Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin) na noite de quarta-feira (8) após retirada de imunidade parlamentar
Internacional|Da EFE
Familiares e defensores do primeiro vice-presidente do parlamento da Venezuela, Édgar Zambrano, aliado do líder da oposição, Juan Guaidó, denunciaram nesta quinta-feira (9) que ele está isolado nas dependências do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin), para onde foi levado após ser preso na noite de ontem.
"Até o momento, ninguém foi autorizado a vê-lo. Não temos nada para esconder", disse Soley Zambrano, uma das filhas do parlamentar, em frente a uma das sedes do Sebin em Caracas.
Zambrano foi preso poucas horas depois de a Assembleia Nacional Constituinte, controlada pelo chavismo, ter retirado a imunidade parlamentar que impedia que ele fosse detido.
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O deputado foi declarado pelo Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela como um dos responsáveis pela fracassada revolta militar do último dia 30 de abril, liderada por Guaidó.
Instantes antes de ser preso, o deputado da Ação Democrática tinha alertado que o carro em que estava havia sido cercado por agentes do Sebin. O veículo foi rebocado com Zambrano junto.
"Vindo deste desgoverno, nada surpreendente", disse a filha de Zambrano, que chamou a situação da Venezuela como "desesperadora".
Uma das advogadas do deputado, Lilia Camejo, disse que a defesa não teve até o momento nenhuma informação sobre Zambrano, de 63 anos. Ninguém conseguiu falar com o parlamentar desde a prisão.
"Não há nenhuma investigação aberta contra ele, que também não foi detido cometendo um crime em flagrante, como estabelecem as leis venezuelanas", criticou a advogada do deputado.
Camejo também questionou a decisão da Assembleia Nacional Constituinte de retirar a imunidade parlamentar de Zambrano e disse que somente a Assembleia Nacional, liderada por Guaidó, tem o poder de permitir a prisão de políticos com foro privilegiado.