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Fica cada vez mais claro que diplomacia é única saída para a guerra da Ucrânia

Não há nem um só chefe de Estado capaz de intermediar o enfrentamento entre Vladimir Putin e Volodmir Zelenski

Internacional|Marco Antonio Araujo, do R7

Guerra na Ucrânia completa três meses nesta terça (24) sem nenhuma perspectiva de saída diplomática
Guerra na Ucrânia completa três meses nesta terça (24) sem nenhuma perspectiva de saída diplomática

Na véspera de completar três meses, a criminosa invasão da Ucrânia pela Rússia continua sua escalada em direção a uma guerra mundial. E nada tem sido feito para diminuir os riscos de um confronto cujas proporções deveriam colocar os líderes mundiais em estado de extrema atenção. Nunca precisamos tanto de diplomacia. Qual o quê.

É desolador o cenário internacional. Não há líderes com envergadura suficiente para o enfrentamento dessa crise, a maior desde o fim da 2ª Guerra, em meados do século passado. Todos se mostram incapazes de comandar uma saída para a paz. Não temos grandes homens e mulheres de plantão. A humanidade está órfã.

Joe Biden, coitado, é uma sombra vagando pela Casa Branca. Fraco, pusilânime, débil. Sejamos sinceros, preferências e implicâncias à parte: Donald Trump jamais deixaria chegarmos a esse ponto sem retorno. Para algo haveria de servir seu antiglobalismo. As ambições imperialistas da Otan seriam apontadas pelo ex-presidente americano, o que impediria a armação do circo ideológico que se tornou a Europa.

Emmanuel Macron, por seu lado, está impedido de palpitar em questões alheias antes de botar alguma ordem na própria casa. Recém-reeleito, com a extrema direita ao seu encalço, o presidente francês tem em suas mãos um país ocupado demais com seus graves problemas econômicos e uma convulsiva divisão de classes sociais. Seu pirão primeiro.


Com a saída de cena de Angela Merkel, quem restaria para comandar o bloco ocidental? Boris Johnson nem mesmo se candidata ao posto, felizmente. A China, ainda mais felizmente, não abre mão — nem deveria — de sua neutralidade. As vagas para estadistas estão abertas.

O fato é que não há um único chefe de Estado capaz de intermediar a contenda sangrenta entre os indefensáveis (cada um ao seu modo) Vladimir Putin e Volodmir Zelenski. Nunca precisamos tanto da diplomacia.

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