Filha de Trump depõe perante comissão sobre o ataque ao Capitólio
Ivanka Trump atuava como uma das principais assessoras do ex-presidente americano durante sua gestão na Casa Branca
Internacional|Do R7
Ivanka Trump, filha do ex-presidente americano, depõe nesta terça-feira (5) perante o comitê da Câmara dos Representantes que tenta esclarecer qual o papel de Donald Trump no ataque ao Capitólio, informou a imprensa americana.
O seleto comitê que investiga os eventos de 6 de janeiro de 2021 havia pedido à empresária de 40 anos, principal conselheira de seu pai, que comparecesse voluntariamente. Também pediram provas de que Ivanka implorou para que o pai parasse a violência quando seus seguidores invadiram o Congresso.
"Testemunhos obtidos pelo comitê indicam que membros da equipe da Casa Branca solicitaram sua ajuda em várias ocasiões para intervir, na tentativa de persuadir o presidente Trump a lidar com a ilegalidade em andamento", disse Bennie Thompson, chefe do comitê, em janeiro.
O comitê não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre a presença da filha de Trump, mas Thompson disse à CNN que a sessão começou pela manhã e “ainda estava acontecendo” no meio da tarde.
"Ela está respondendo perguntas. Quero dizer, já sabe, não em termos gerais ou falando muito, mas está respondendo perguntas", disse.
Acrescentou que não sabia se ela invocaria seu direito de permanecer em silêncio para não se incriminar. "Ela veio por conta própria. Isso obviamente tem um valor significativo. Não tivemos que intimá-la", disse Thompson.
Ivanka foi conselheira de seu pai quando ele estava na Casa Branca e os congressistas estão interessados em "qualquer conversa" que ela tenha testemunhado ou participado, especialmente um telefonema de Donald Trump na manhã de 6 de janeiro.
Acredita-se que naquele dia ele tentou forçar o então vice-presidente Mike Pence a parar a contagem os votos que validariam a vitória de Joe Biden nas eleições de novembro de 2020.
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Esta comissão já interrogou quase 800 testemunhas, incluindo Jared Kushner, marido de Ivanka, e outro ex-assessor próximo de Donald Trump na Casa Branca, que testemunhou voluntariamente na semana passada por videoconferência.
A comissão está concluindo a investigação e planeja realizar audiências públicas. Querem terminar o processo antes das eleições de meio de mandato em novembro. Se os democratas perderem o controle da Câmara dos Representantes nessas eleições, correm o risco de os republicanos dissolverem a comissão.