O filho e a viúva do traficante Pablo Escobar, líder do Cartel de Medellin nos anos 80, foram acusados por um juiz argentino de fazer parte de uma organização criminosa dedicada à lavagem de dinheiro. As informações são do Clarin.Os traficantes 'invisíveis' que controlam o comércio de drogas na Colômbia - e não se parecem em nada com Pablo Escobar Maria Isabel Santos Caballero e seu filho Sebastian Marroquin (viúva e herdeiro de Pablo Escobar Gaviria, respectivamente) teriam sido, segundo o juiz federal Morón Néstor Barral, participantes de manobras de lavagem de dinheiro entre o colombiano José Piedrahita Ceballos - fazendeiro acusado de narcotráfico- e Mathew Corvo Dolcet - empresário e advogado argentino. A viúva do Escobar mudou seu nome original, Victoria Henao, para Maria Isabel Santos Caballero. Já o filho do traficante, cujo nome de nascimento é Juan Pablo Escobar Henao, passou a se chamar Juan Sebastian Marroquin Santos quando foi morar, com a mãe, na Argentina. O ex-futebolista do Boca Juniors, Mauricio "Chicho" Serna, colombiano, também está sendo processado no caso. A acusação é de que ele teria forjado uma negociação de uma propriedade para mascarar a origem do dinheiro de Piedrahita Ceballos. O ex-jogador nega qualquer ilegalidade. Já a viúva e o filho de Pablo Escobar teriam cobrado uma comissão de 100.000 dólares para apresentar Piedrahita a Dolcet, segundo o juiz. Como defesa, o Clarin informou que as famílias de Escobar e de Serna justificaram por escrito, com extensos argumentos que afirmam não ter havido fraude, inclusive porque a Justiça não tem como provar que eles sabiam que o dinheiro teria vindo do tráfico, citando a condição estável de Piedrahita Ceballos como fazendeiro. Segundo a Justiça, Piedrahita Ceballos, atualmente detido na Colômbia, lavou na Argentina cerca de 2,3 milhões de dólares. Ele teria ganho dinheiro com o tráfico de cocaína e usado sua posição emergente de criador de gado para justificar seu padrão de vida. O desejo de Piedrahita Ceballos, segundo a acusação, era de se mudar para a Argentina com a família. Por este motivo, o jornal contou, ele teria investido o dinheiro em propriedades e empreendimentos imobiliários. A maioria das negociações teria sido costurada por Dolcet.