Flotilha que enviava ajuda à Faixa de Gaza tem poucos efeitos práticos, diz especialista
Israel interceptou 47 embarcações que seguiam para a região na última quarta (1º)
Internacional|Do R7
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A Marinha de Israel confirmou que interceptou a flotilha com 47 embarcações de ajuda humanitária que seguiam rumo à Faixa de Gaza na última quarta-feira (1º).
Segundo o Ministério de Relações Exteriores israelense, os passageiros serão deportados. O país sugeriu que a carga fosse inspecionada e enviada até a região por rotas controladas, mas a proposta foi rejeitada pelos ativistas.
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Entre os participantes da missão estavam alguns brasileiros, como a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE). O governo federal divulgou uma nota ressaltando o caráter pacífico da flotilha e a liberdade de navegar em águas internacionais.
Em entrevista ao Conexão Record News, Vitélio Brustolin, professor de relações internacionais da Universidade Federal Fluminense e pesquisador de Harvard, analisa o impasse do direito internacional quanto ao bloqueio naval.
“A reclamação da diplomacia brasileira é de livre navegação em águas internacionais, o que é verdade. Mas aquela área é uma área de conflito, que tem um bloqueio naval de Israel desde os primeiros dias de guerra, iniciada em outubro de 2023”, explica o professor.
Brustolin aponta que o movimento de entrega de mantimentos proposta pela flotilha é pouco efetiva, dada a pequena quantidade. “É um ato mais simbólico, inclusive Israel classifica como uma provocação. [...] Mas, de fato, é um ato ativista, é um ato para chamar atenção do mundo para a situação em Gaza”, diz.
O especialista ainda aponta que os atos têm pouca efetividade, diferente do plano divulgado pelo presidente americano, Donald Trump, nesta semana. “De efeitos práticos, tem poucos. O plano do Trump costurado nesta semana acabou sendo elogiado por países europeus, mas também por países árabes, como Jordânia e Egito. Se ele fosse executado, traria mais resultados práticos do que essa flotilha”, completa.
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