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Foguetes e drones suicidas: como funcionará acordo de armas bilionário entre EUA e Taiwan

China condenou o acordo entre os países e reafirmou sua reivindicação sobre Taiwan

Internacional|Wayne Chang, Brad Lendon e Jennifer Hansler, da CNN Internacional

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Os EUA e Taiwan anunciaram um pacote de armas de US$ 11,1 bilhões, um dos maiores vendidos para a ilha.
  • O acordo inclui diversos armamentos, como foguetes HIMARS, mísseis antitanque e drones suicidas.
  • A China condenou o acordo, classificando a tentativa dos EUA de apoiar a independência de Taiwan como infrutífera.
  • O pacote de armas precisa da aprovação da Câmara dos Deputados dos EUA, mas conta com apoio bipartidário.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Taiwan tem intensificado gastos militares e busca fortalecer sua defesa Daniel Ceng/Anadolu/Getty Images via CNN Newsource

Os Estados Unidos e Taiwan anunciaram um pacote de armas de US$ 11,1 bilhões (R$ 61,3 bilhões na cotação atual) que, se concluído, seria uma das maiores vendas militares de Washington para a ilha.

O acordo inclui oito compras separadas, que abrangem sistemas de foguetes HIMARS (High Mobility Artillery Rocket System - Sistema de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade, na sigla em inglês), mísseis antitanque, mísseis antiblindagem, drones suicidas, obuses, software militar e peças para outros equipamentos, de acordo com detalhes divulgados por ambos os governos.


O Partido Comunista da China reivindica Taiwan, democrática e autogovernada, como parte de seu território soberano, apesar de nunca a ter controlado.

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Após o anúncio do acordo, Pequim disse que se “opõe firmemente e condena veementemente” a medida.


“A tentativa dos EUA de usar a força para apoiar a independência de Taiwan só terá o efeito contrário, e sua tentativa de conter a China usando Taiwan não terá sucesso absoluto”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun, em uma coletiva de imprensa regular na quinta-feira (18).

Pressão de Pequim

Taiwan tem intensificado as compras militares nos últimos anos à medida que sofre uma pressão crescente de Pequim, com aeronaves e navios chineses presentes quase diariamente ao redor de Taiwan, bem como exercícios regulares de grande escala nas águas circundantes.


“Os Estados Unidos continuam a ajudar Taiwan a manter capacidades de autodefesa suficientes e a construir rapidamente uma forte dissuasão e a alavancar vantagens de guerra assimétrica, que formam a base para manter a paz e a estabilidade regional”, disse um comunicado do Ministério da Defesa de Taiwan.

Washington mantém laços informais estreitos com Taiwan e é obrigado por lei a vender armas à ilha para sua autodefesa. A soma total do acordo de armas dos EUA torna-o o maior em anos para a ilha.


“Desde 2010, o Poder Executivo notificou o Congresso de aproximadamente US$ 49 bilhões (cerca de R$ 270 bilhões) em FMS (Foreign Military Sales - Vendas Militares Estrangeiras, na sigla em inglês) para Taiwan”, disse uma autoridade dos EUA.

O anúncio das vendas pelos EUA veio através da DSCA (Defense Security Cooperation Agency - Agência de Cooperação de Segurança de Defesa, na sigla em inglês), que gerencia as vendas militares estrangeiras do país.

Os acordos ainda exigem aprovação do Congresso, mas Taiwan desfruta de apoio bipartidário geral no Congresso dos EUA.

O Ministério da Defesa de Taiwan disse que HIMARS, mísseis e drones devem ser pagos como parte de um orçamento de defesa especial histórico de US$ 40 bilhões (R$ 221 bilhões) que o presidente Lai Ching-te propôs no final de novembro, que ainda não obteve aprovação na legislatura de Taiwan.

Esse orçamento concentra-se na aquisição de artilharia de precisão, mísseis de ataque de precisão de longo alcance, defesa aérea, mísseis antibalísticos e antiblindagem, drones e sistemas contra drones, sistemas alimentados por IA e armas desenvolvidas conjuntamente pelos EUA e Taiwan.

Também visa fortalecer as capacidades de defesa de Taiwan, particularmente o sistema de defesa aérea “T-Dome”, que Lai anunciou em outubro sem fornecer detalhes.

Raymond Greene, diretor do AIT (American Institute in Taiwan - Instituto Americano em Taiwan, na sigla em inglês), a embaixada de fato de Washington na ilha, disse recentemente que esperava que a legislatura de Taiwan acabasse aprovando o aumento dos gastos militares.

“Cada questão orçamentária tem que passar pelo processo legislativo, mas continuo muito confiante de que, no final das contas, todos os partidos em Taiwan se unirão em prol do aumento dos gastos com defesa, porque acho que há um senso compartilhado das necessidades dado o ambiente de segurança regional e as ameaças que Taiwan enfrenta”, disse Greene.

O pacote de US$ 11,1 bilhões é o segundo acordo de armas com Taiwan anunciado pelo segundo governo Trump, após um acordo de US$ 330 milhões (cerca de R$ 1,8 bilhão) em novembro para peças de reposição e reparo para aeronaves.

Quando esse acordo foi anunciado, a porta-voz presidencial de Taiwan, Karen Kuo, disse que a ilha aumentaria os gastos com defesa para mais de 3% do PIB no próximo ano e para 5% do PIB até 2030.

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