Força Aérea pode ser o ‘calcanhar de Aquiles’ dos EUA em conflito com a China, diz relatório

A Força Aérea dos Estados Unidos não está preparada para um confronto com a China, segundo um relatório publicado pelo Instituto Mitchell para Estudos Aeroespaciais. O documento afirma que a estrutura atual não comporta as tropas, equipamentos e suprimentos que seriam necessários para uma guerra.

Segundo a análise, as novas estratégias militares exigem deslocamentos rápidos e complexos. Washington, no entanto, não possui aeronaves suficientes nem a variedade de modelos necessária para atender às demandas.

“O declínio da capacidade de transporte aéreo militar do país compromete seriamente a capacidade da nação de conduzir operações em todo o mundo e coloca todas as Forças Armadas americanas em risco de fracasso”, afirma o relatório.

Embora o documento reconheça esforços recentes do Departamento de Defesa norte-americano, os especialistas acreditam que apenas ações imediatas não serão suficientes para modernização do sistema aéreo.

Para restabelecer a capacidade necessária, os Estados Unidos teriam que investir de forma consistente na modernização da frota, na aquisição de novos aviões e na reorganização das estratégias de mobilidade aérea. O processo poderia levar anos para ser concluído.

Como melhorar o transporte aéreo

Estas são as medidas para melhorar o transporte aéreo, segundo o Instituto Mitchell:

• “Aumento do orçamento da Força Aérea para modernizar as frotas antigas do Comando de Mobilidade Aérea (AMC) com sistemas de datalink e equipamentos de consciência situacional no campo de batalha, tornando-as mais eficazes e mais capazes de sobreviver em combate.
• Ampliação do financiamento de sustentação do AMC para elevar a disponibilidade das aeronaves em missão.
• Expansão da contribuição civil ao sistema nacional de transporte aéreo, por meio do aumento da Civil Air Reserve Fleet (CRAF) e de parcerias público-privadas. A CRAF é um programa dos EUA que une companhias aéreas civis ao Departamento de Defesa para fornecer capacidade extra de transporte aéreo em emergências nacionais ou missões de defesa.
• Mais recursos para desenvolver, adquirir e colocar em operação uma nova geração de aeronaves de transporte capazes de mover mais equipamentos e pessoal com maior rapidez, para mais destinos e em ambientes de alta ameaça.”

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