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O Leopard 2 é um tanque pesado que a Ucrânia pede há meses à Alemanha e às potências ocidentais, e um ativo de renome mundial suscetível de causar um impacto "significativo" no campo de batalha. De momento, não há nenhuma decisão sobre a entrega desse tipo de tanque para a Ucrânia, assinalou nesta sexta-feira (20) o novo ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, na base americana de Ramstein, no oeste da Alemanha, onde está reunido com outros aliados de Kiev
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O Leopard 2 combina potencial de fogo, mobilidade e proteção. Desenhado pelo fabricante alemão Krauss-Maffei, foi produzido em série desde o fim dos anos 1970 para substituir os tanques norte-americanos M48 Patton e, depois, os Leopard 1. Até hoje, 3.500 exemplares saíram das cadeias de produção
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Este tanque de combate de 60 toneladas está dotado de um canhão de calibre 120 mm. É capaz de disparar em movimento, e o motor de 1.500 cavalos de potência permite que alcance uma velocidade máxima de 70 km/h, com uma autonomia de 450 km. Segundo o fabricante, também possui "proteção passiva integral", eficaz contra minas e lança-foguetes. Ademais, conta com ferramentas tecnológicas que permitem localizar e atacar o inimigo a grande distância
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Outra vantagem é que o Leopard está bastante difundido na Europa, o que facilita o acesso a munições e peças de reposição e simplifica os trabalhos de manutenção. Os quatro últimos modelos continuam em serviço, entre eles o 2A4, do qual a Polônia propõe entregar a Kiev 14 exemplares. Também está o 2A7, que Berlim não pretende disponibilizar por causa da própria defesa
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A Finlândia, equipada com mais de 200 exemplares, segundo o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, na sigla em inglês), também está disposta a entregar alguns deles a Kiev. Segundo a imprensa alemã, outros países europeus, que não foram detalhados, também estariam dispostos a participar desse esforço. A Grécia, com 350 tanques, e a Turquia, que utilizou alguns deles contra as forças curdas no norte da Síria, são os países que mais exemplares possuem do modelo 2A4
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Se Kiev pudesse receber um total de cem tanques Leopard, o efeito seria "significativo" no campo de batalha contra as forças russas, garante o IISS. Com os Leopard 2, "um exército pode romper as linhas inimigas e pôr fim a uma longa batalha de trincheiras", confirma Armin Papperger ao jornal alemão Bild. "Com o Leopard, os soldados podem avançar dezenas de quilômetros de uma só vez"