-
A guerra na Ucrânia completa nesta segunda-feira (24) oito meses. Os últimos 30 dias do conflito foram marcados por intensos bombardeios, decisões do presidente russo Vladmir Putin que mudaram o curso da guerra e contra-ataques ucranianos
*Estagiário do R7, sob supervisão de Daniel Pinheiro -
No dia 5 de outubro, o presidente russo Vladmir Putin oficializou a anexação de quatro regiões ucranianas, Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporizhzhia, que representam mais de 15% do território ucraniano. A comunidade internacional, no entanto, não reconhece a legalidade das decisões. Na última semana, para conter os avanços de tropas da Ucrânia nas localidades, Putin declarou lei marcial nesses territórios
-
A explosão de um caminhão-bomba na ponte Kerch, que liga a Rússia à Crimeia, no dia 8 de outubro, matou três pessoas e interrompeu a passagem de carros da principal via de acesso à região anexada pela Rússia em 2014. A Ucrânia não assumiu a autoria do ataque, mas Putin classificou a situação como um "atentado terrorista" e culpou o serviço secreto ucraniano. O primeiro-ministro da Crimeia, Serguey Aksyonov, estimou que o reparo da ponte danificada levará cerca de um mês e meio
-
E como parte da 'vingança' pela explosão da ponte na Crimeia, a Rússia intensificou ataques contra Kiev. A última vez em que a capital ucraniana havia sido atacada tinha sido no final de junho. Nos dias após o atentado, dezenas de civis foram mortos em decorrência das fortes explosões. Putin confirmou a autoria dos disparos de mísseis e informou que novos atos de "terrorismo" contra o país receberiam resposta parecida
-
Principal mediador do conflito Rússia-Ucrânia e responsável pelas conversas de cessar-fogo, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, se encontrou com Putin no dia 13 de outubro, no Cazaquistão. No encontro, os líderes reforçaram os laços econômicos, e Erdogan chegou a dizer que a relação entre os dois países "certamente incomodará alguns"
-
Motivo de preocupação da Agência Internacional de Energia Atómica (AEIA), a usina nuclear de Zaporizhzhia, ocupada por militares russos desde o início da guerra contra a Ucrânia, teve que ser mais uma vez desconectada temporariamente da rede elétrica após um bombardeio russo no dia 17 de outubro. O local teve que operar por meio de geradores. Apesar de estar em posse dos russos, são funcionários ucranianos que mantêm a usina em operação. A Energoatom, agência estatal responsável por controlar a energia atômica na Ucrânia, pediu "medidas urgentes" para desmilitarizar a usina
-
Uma "novidade" usada pelas tropas russas nos últimos dias são os "drones suicidas" para atacar a capital ucraniana Kiev e outras localidades do país. Fabricado no Irã, o veículo aéreo é difícil de ser detectado e carrega cargas explosivas de até 36 kg, é programado por GPS para alcançar alvos. No início de outubro, a Ucrânia disse que conseguiu interpretar 60% de todos os drones Shahed 136 recebidos. Na última quarta-feira (19), a União Europeia aplicou sanções contra o Irã pelo envio dos drones à Rússia
-
Atacadas pelos drones iranianos, cerca de 30% das centrais elétricas ucranianas foram destruídas em bombardeios, segundo o presidente do país, Volodmir Zelenski. Na última quinta-feira (20), o país impôs restrições no consumo de energia e o governo trabalha na criação de pontos móveis de fornecimento de energia para infraestrutura crítica. Na última semana, inclusive, mais de mil localidades ucranianas se encontram privadas de eletricidade devido aos bombardeios russos
-
A contraofensiva ucraniana ganhou corpo em certas localidades do país no último mês de combate, como Kherson e Donetsk.
A Ucrânia anunciou na última sexta-feira (21) que recuperou 88 localidades em Kherson, no sul do país, o que levou a administração russa que ocupa a região retirar milhares de civis devido a ao avanço ucraniano