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Fotos: moradores revelam rotina em favela mais perigosa das Filipinas

Market 3 é alvo de operações contra o tráfico. Estima-se que política antidrogas de presidente Duterte tenha causado 7.000 mortes desde 2016

Internacional|Do R7

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Em Manila, capital das Filipinas, quase nenhum dos moradores do conjunto de favelas conhecido como Market 3 (Mercado 3, em inglês) sai de suas casas durante a noite
O local, que se parece um labirinto de casas construídas com chapas metálicas, tábuas de madeira e pedaços de cimento, está no meio do fogo cruzado da guerra contra as drogas lançada pelo presidente Rodrigo Duterte em junho de 2016
Dezenas de filipinos que viviam na favela morreram em operações policiais desde o ano passado — o que faz com que a comunidade, hoje, viva com medo. Os moradores temem os homens encapuzados que entram nas favelas e os agentes policiais das ações chamadas "Tokhang" — em que os oficiais são autorizados a entrarem nas casas de suspeitos e forçá-los a se renderem
Segundo Nenita Bravo, uma moradora de 56 anos, muitos dos habitantes da comunidade foram embora depois que as operações "Tokhang" começaram. "Perdemos as contas de quantos morreram. Foram muitos", disse em entrevista à agência de notícias Reuters
Muitas das operações "Tokhang" terminam em mortes — os corpos, muitas vezes, são achados dias após as ações. A polícia filipina, entretanto, garante que não houve assassinatos ilegais na guerra antidrogas
"Desde que Duterte chegou, o número de mortes cresceu. É lamentável, especialmente pelo número de mulheres mortas", afirma Visitacion Castellano, de 73 anos, moradora de longa data do Market 3. — Eles deveriam tê-las colocado na prisão, mas não matado.
À época em que as Filipinas eram uma colônia da Espanha, a área hoje ocupada pelo Market 3 era conhecida como Navotas. O lugar era ocupado por uma população de classe média que vivia à beira-mar — eram pescadores ou donos de barcos pesqueiros. Atualmente, a região é assolada pelo desemprego e os homens confiam em trabalhos informais para sobreviver 
A pobreza leva muitos ao desespero e alguns acabam no mercado de drogas para desempenhar funções menores, como vender "shabu" — nome dado à metanfetamina, que o presidente Duterte diz que pode destruir uma geração inteira de filipinos
Um dos vendedores e ex-usuário de "shabu", de 28 anos, contou sua história à agência de notícias Reuters. Durante um dos episódios mais sangrentos da guerra às drogas, em agosto de 2016, sua companheira e a mãe de seus cinco filhos foram assassinados. Ele disse que encontrou o corpo da mulher perfurado por balas na cabeça e no peito
O jovem fugiu do Market 3 e diz que muitos de seus colegas fizeram o mesmo ou morreram em conflitos. Fraco para trabalhar, o homem hoje sofre com tuberculose e passa os dias no cais do porto pedindo restos de peixe dos barcos que chegam
Até o momento, estima-se que a ação militar determinada por Duterte tenha provocado a morte de mais de 7.000 pessoas
Muitas das mortes ainda são contestadas pela oposição ao governo e por grupos de defesa dos direitos humanos, dizendo que policiais matam rivais políticos do presidente e pessoas que nada têm a ver com o tráfico

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Em Manila, capital das Filipinas, quase nenhum dos moradores do conjunto de favelas conhecido como Market 3 (Mercado 3, em inglês) sai de suas casas durante a noite
O local, que se parece um labirinto de casas construídas com chapas metálicas, tábuas de madeira e pedaços de cimento, está no meio do fogo cruzado da guerra contra as drogas lançada pelo presidente Rodrigo Duterte em junho de 2016
Dezenas de filipinos que viviam na favela morreram em operações policiais desde o ano passado — o que faz com que a comunidade, hoje, viva com medo. Os moradores temem os homens encapuzados que entram nas favelas e os agentes policiais das ações chamadas "Tokhang" — em que os oficiais são autorizados a entrarem nas casas de suspeitos e forçá-los a se renderem
Segundo Nenita Bravo, uma moradora de 56 anos, muitos dos habitantes da comunidade foram embora depois que as operações "Tokhang" começaram. "Perdemos as contas de quantos morreram. Foram muitos", disse em entrevista à agência de notícias Reuters
Muitas das operações "Tokhang" terminam em mortes — os corpos, muitas vezes, são achados dias após as ações. A polícia filipina, entretanto, garante que não houve assassinatos ilegais na guerra antidrogas
"Desde que Duterte chegou, o número de mortes cresceu. É lamentável, especialmente pelo número de mulheres mortas", afirma Visitacion Castellano, de 73 anos, moradora de longa data do Market 3. — Eles deveriam tê-las colocado na prisão, mas não matado.
À época em que as Filipinas eram uma colônia da Espanha, a área hoje ocupada pelo Market 3 era conhecida como Navotas. O lugar era ocupado por uma população de classe média que vivia à beira-mar — eram pescadores ou donos de barcos pesqueiros. Atualmente, a região é assolada pelo desemprego e os homens confiam em trabalhos informais para sobreviver 
A pobreza leva muitos ao desespero e alguns acabam no mercado de drogas para desempenhar funções menores, como vender "shabu" — nome dado à metanfetamina, que o presidente Duterte diz que pode destruir uma geração inteira de filipinos
Um dos vendedores e ex-usuário de "shabu", de 28 anos, contou sua história à agência de notícias Reuters. Durante um dos episódios mais sangrentos da guerra às drogas, em agosto de 2016, sua companheira e a mãe de seus cinco filhos foram assassinados. Ele disse que encontrou o corpo da mulher perfurado por balas na cabeça e no peito
O jovem fugiu do Market 3 e diz que muitos de seus colegas fizeram o mesmo ou morreram em conflitos. Fraco para trabalhar, o homem hoje sofre com tuberculose e passa os dias no cais do porto pedindo restos de peixe dos barcos que chegam
Até o momento, estima-se que a ação militar determinada por Duterte tenha provocado a morte de mais de 7.000 pessoas
Muitas das mortes ainda são contestadas pela oposição ao governo e por grupos de defesa dos direitos humanos, dizendo que policiais matam rivais políticos do presidente e pessoas que nada têm a ver com o tráfico

Em Manila, capital das Filipinas, quase nenhum dos moradores do conjunto de favelas conhecido como Market 3 (Mercado 3, em inglês) sai de suas casas durante a noite

Em Manila, capital das Filipinas, quase nenhum dos moradores do conjunto de favelas conhecido como Market 3 (Mercado 3, em inglês) sai de suas casas durante a noite

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  • rodrigo duterte

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