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Os protestos contrários à reforma da previdência se espalham pela França nesta quinta-feira (16) depois de o Senado, com maioria conservadora, aprovar o projeto que amplia em dois anos a idade mínima para se aposentar no país — de 62 para 64 anos
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Com os atos, comandados por sindicalistas, um importante porto comercial foi completamente fechado pelos manifestantes, a Torre Eiffel está sem coleta de lixo e uma refinaria de combustível teve a entrada bloqueada com caminhões e barricadas de pneus com fogo
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Os sindicatos estão por trás das paralisações dos serviços na França, incluindo o acesso à refinaria localizada em Donges, no oeste da França. Vale ressaltar que as manifestações são maciças e se espalham pelas cidades francesas
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Os estivadores paralisaram a entrada do porto comercial de Brest, no oeste do país, como parte das manifestações nacionais. Ontem, o Senado aprovou a proposta com 193 votos a favor e 114 contrários, o que impõe um revés ao governo de Emmanuel Macron, pai da mudança na Previdência. Isso porque a margem foi muito estreita
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Na Torre Eiffel, um dos principais pontos turísticos do mundo, o lixo se acumula nas ruas ao redor porque a coleta está comprometida. Os lixeiros engrossaram a lista de categorias que aderiram à greve
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Depois de passar no Senado, a proposta segue agora para a Assembleia Nacional, o equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil. A controversa proposta deverá enfrentar dificuldades nessa nova casa legislativa e a aprovação está em risco
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A impopular proposta do governo defende atrasar a idade de aposentadoria para 64 anos a partir de 2030 (hoje, a idade mínima é de 62 anos) e adiantar para 2027 a exigência de contribuição de 43 anos para a previdência (não 42 como é agora) para pedir pensão completa. Dois de cada três franceses se opõem à ideia, de acordo com pesquisas no país
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Os sindicatos convocaram os parlamentares do país a votar contra uma reforma "injusta" e lembraram das manifestações de 7 de março, quando reuniram entre 1,28 milhão e 3,5 milhões de pessoas nas ruas — o maior prrotesto contra uma reforma social em três décadas