Um atentado contra a sede do jornal satírico Charlie Hebdo deixou 12 mortos nesta quarta-feira (7), em Paris (França). Entre as vítimas do tiroteio estão o jornalista, caricaturista e diretor da revista, Charb (foto), e outros três dos principais chargistas do semanário: Cabu, Tignous e Wolinski. O ataque teria sido motivado por uma charge do periódico sobre Maomé e o Estado Islâmico. Polêmico desde seu lançamento, o jornal é uma espécie de "Pasquim francês". Veja as charges e capas do polêmico Charlie Hebdo!
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Com uma linha ousada e irreverente, o Charlie Hebdo foi criado
em 1992 pelo escritor e jornalista François Cavanna, morto em 29 de
janeiro de 2014, aos 90 anos. O desenhista Charb assumiu a
publicação, dando sequência à linha editorial considerada ofensiva pelos
muçulmanos. A charge que teria originado os ataques desta semana mostra que o profeta Maomé seria morto por seus seguidores, caso voltasse à vida nos dias atuais
Reprodução/ Charlie Hebdo
Em novembro de 2011, o jornal foi alvo de um atentado que incendiou sua redação. O motivo seria o anúncio de um "número especial" do Charlie Hebdo que teria Maomé como redator-chefe da publicação
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Uma semana depois, a forma como o Charlie Hebdo "fez as pazes" com os religiosos é, como sempre, polêmica. No texto: "O amor é mais forte que o ódio"
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A recente polêmica no lançamento do filme A Entrevista também foi alvo da publicação francesa de humor. De acordo com o Charlie Hebdo, a "Sony beijou a bunda gorda do maior idiota e assassino de Pyongyang", em alusão à autocensura da empresa após ameaças do regime que governa a Coreia do Norte
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Em 2009, a publicação não poupou nem mesmo a morte do astro pop Michael Jackson. Na capa, os dizeres: "Enfim, branco"
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Esta capa foi considerada uma "agressão gratuita", por comparar religiosos aos personagens do filme Intocáveis
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Em 2010, o jornal brincava com o "novo governo" do presidente francês Nicolas Sarkozy com uma charge que mostrava o investimento em segurança do então presidente da França
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Em 1970, quando a publicação ainda se chamava Hara-kiri, esta capa fez com que o jornal fosse proibido. O motivo era que o periódico ironizava o drama em um clube noturno que provocara 146 mortes em Isère e o relacionava com a morte do general francês De Gaulle, em Colombey-les-Deux-Eglieses
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A revista já havia sofrido outros ataques por causa da publicação de caricaturas de Maomé. A simples reprodução do jornal está proibida pelo Islã. Outras referências a Maomé fizeram com que a sede da publicação fosse incendiada em novembro de 2011