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Hiroshima e Nagasaki: 70 anos depois, primeiro ataque nuclear da história ainda gera revolta

Em 6 de agosto de 1945, bomba lançada pelos Estados Unidos matou cerca de 140 mil pessoas

Internacional|Do R7

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Lançada há 70 anos pelos Estados Unidos, a bomba que caiu sobre Hiroshima, matando cerca de 140 mil pessoas na cidade japonesa, foi o ponto-final, junto com a bomba lançada sobre Nagasaki, para uma guerra sangrenta, provocando a rendição do Japão no dia 2 de setembro seguinte
Mas o tempo não tem sido capaz de apagar a dor de sobreviventes e parentes que tiveram a vida marcada pela ação dos Estados Unidos. O impacto da explosão ainda se faz presente na cidade, ainda que de forma silenciosa, e transformada em busca pela paz
Nesta quinta (6), haverá cerimônia em memória à data, na Cúpula Genbaku, o Memorial da Paz de Hiroshima, ponto a partir do qual se iniciou toda a reconstrução da cidade. Desde o lançamento da bomba até os Estados Unidos se tornarem aliados do Japão, situação que perdura até hoje, a atitude americana não foi completamente assimilada pelos japoneses
Os argumentos dos Estados Unidos, porém, de que o lançamento da bomba era necessário, para evitar que um número maior de pessoas morressem na Segunda Guerra Mundial, até hoje é muito questionado, segundo afirma o professor de relações internacionais da PUC, Reginaldo Nasser
— As informações, os documentos, telegramas, dão conta de que o Japão iria se render, mesmo sem o lançamento da bomba atômica. O país já estava liquidado, conforme mostra o documentário Sob a Névoa da Guerra Série do Jornal da Record conta a história dos sobreviventes de Hiroshima
O documentário, que ganhou o Oscar da categoria em 2004, é dirigido por Errol Morris, e conta detalhes revelados pelo ex-secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert. S. McNamara, que ocupou o cargo nos governos de John F. Kennedy e Lyndon Johnson Conheça o R7 Play e assista a todos os programas da Record na íntegra!
Morto aos 95 anos, em 2009, McNamara combateu na Segunda Guerra Mundial, tendo se tornado uma referência entre os estrategistas militares americanos, ao ajudar a estruturar vários departamentos dentro da Secretaria de Defesa
Além das evidências de que o Japão estava prestes a se render, segundo Nasser, há uma corrente que acredita que o lançamento das bombas atômicas sobre o Japão tinha outras intenções além de encerrar a guerra
— Há uma outra hipótese na qual se acredita que a bomba, na verdade, era um recado para a Rússia, no sentido de mostrar que os Estados Unidos tinham esse potencial nuclear
O potencial destrutivo da bomba atômica acabou colocando um limite, baseado no equilíbrio de forças, para os países depois da tragédia. Segundo o professor Gerando Karan, de relações internacionais da PUC, hoje o mundo corre menos risco de um conflito nuclear do que em 1945
— Em relação à questão nuclear estamos mais seguros. Em 1945, só um país tinha a bomba atômica. Hoje mais nações têm este tipo de armamento, portanto, pensa-se muitas vezes antes de qualquer intenção de se utilizar este recurso. É um paradigma, o chamado equilíbrio nuclear
Denominada Little Boy, a bomba de Hiroshima, foi jogada do Boeing B-29, Enola Gay, às 8h15 do dia 6 de agosto de 1945. Composta de urânio 235, tinha 3 metros de comprimento e pesava quatro toneladas
O artefato não chegou a se chocar com o solo, tendo explodido 580 m acima da cidade. A detonação fez a temperatura ultrapassa 1 milhão de graus Celsius, tendo uma energia liberada que equivale a 16 mil toneladas de dinamite
Já a bomba jogada sobre Nagasaki, foi chamada de Fat Man, por ser arredondada. Por ser composta de plutônio 239 tinha um potencial de destruição ainda maior do que a lançada dias antes
O número de mortos na segunda explosão, estimado em 80 mil pessoas, foi menor por causa da topografia da cidade, que, com mais elevações, impediu uma disseminação maior da radiação, em relação a Hiroshima
Foi lançada às 11h02 do dia 9 de agosto de 1945, pelo Boeing B-29, denominado Bockscar. Tinha 3,2 metros de comprimento e pesava 4,5 toneladas
Em 1968, para evitar uma corrida nuclear, os países assinaram, na sede da ONU (Organização das Nações Unidas), o Tratato de Não Proliferação das Armas Nucleares, revisto em 2010
Alguns países como a França e a China, deixaram para assinar o acordo tempos depois, em 1992. O Brasil só o fez em 1998. Atualmente são 189 os signatários, sendo que a Coreia do Norte, que havia assinado, se retirou em 2003
Israel, India e Paquistão, os dois últimos detentores assumidos de poderio nuclear, não assinaram o acordo. Há a certeza de que Israel possui armas nucleares, mas o país nunca admitiu oficialmente
Além destes três, atualmente, a lista dos países com armas nucleares é composta por Estados Unidos, Rússia, França, Reino Unido, Coreia do Norte, China e África do Sul

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Lançada há 70 anos pelos Estados Unidos, a bomba que caiu sobre Hiroshima, matando cerca de 140 mil pessoas na cidade japonesa, foi o ponto-final, junto com a bomba lançada sobre Nagasaki, para uma guerra sangrenta, provocando a rendição do Japão no dia 2 de setembro seguinte
Mas o tempo não tem sido capaz de apagar a dor de sobreviventes e parentes que tiveram a vida marcada pela ação dos Estados Unidos. O impacto da explosão ainda se faz presente na cidade, ainda que de forma silenciosa, e transformada em busca pela paz
Nesta quinta (6), haverá cerimônia em memória à data, na Cúpula Genbaku, o Memorial da Paz de Hiroshima, ponto a partir do qual se iniciou toda a reconstrução da cidade. Desde o lançamento da bomba até os Estados Unidos se tornarem aliados do Japão, situação que perdura até hoje, a atitude americana não foi completamente assimilada pelos japoneses
Os argumentos dos Estados Unidos, porém, de que o lançamento da bomba era necessário, para evitar que um número maior de pessoas morressem na Segunda Guerra Mundial, até hoje é muito questionado, segundo afirma o professor de relações internacionais da PUC, Reginaldo Nasser
— As informações, os documentos, telegramas, dão conta de que o Japão iria se render, mesmo sem o lançamento da bomba atômica. O país já estava liquidado, conforme mostra o documentário Sob a Névoa da Guerra Série do Jornal da Record conta a história dos sobreviventes de Hiroshima
O documentário, que ganhou o Oscar da categoria em 2004, é dirigido por Errol Morris, e conta detalhes revelados pelo ex-secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert. S. McNamara, que ocupou o cargo nos governos de John F. Kennedy e Lyndon Johnson Conheça o R7 Play e assista a todos os programas da Record na íntegra!
Morto aos 95 anos, em 2009, McNamara combateu na Segunda Guerra Mundial, tendo se tornado uma referência entre os estrategistas militares americanos, ao ajudar a estruturar vários departamentos dentro da Secretaria de Defesa
Além das evidências de que o Japão estava prestes a se render, segundo Nasser, há uma corrente que acredita que o lançamento das bombas atômicas sobre o Japão tinha outras intenções além de encerrar a guerra
— Há uma outra hipótese na qual se acredita que a bomba, na verdade, era um recado para a Rússia, no sentido de mostrar que os Estados Unidos tinham esse potencial nuclear
O potencial destrutivo da bomba atômica acabou colocando um limite, baseado no equilíbrio de forças, para os países depois da tragédia. Segundo o professor Gerando Karan, de relações internacionais da PUC, hoje o mundo corre menos risco de um conflito nuclear do que em 1945
— Em relação à questão nuclear estamos mais seguros. Em 1945, só um país tinha a bomba atômica. Hoje mais nações têm este tipo de armamento, portanto, pensa-se muitas vezes antes de qualquer intenção de se utilizar este recurso. É um paradigma, o chamado equilíbrio nuclear
Denominada Little Boy, a bomba de Hiroshima, foi jogada do Boeing B-29, Enola Gay, às 8h15 do dia 6 de agosto de 1945. Composta de urânio 235, tinha 3 metros de comprimento e pesava quatro toneladas
O artefato não chegou a se chocar com o solo, tendo explodido 580 m acima da cidade. A detonação fez a temperatura ultrapassa 1 milhão de graus Celsius, tendo uma energia liberada que equivale a 16 mil toneladas de dinamite
Já a bomba jogada sobre Nagasaki, foi chamada de Fat Man, por ser arredondada. Por ser composta de plutônio 239 tinha um potencial de destruição ainda maior do que a lançada dias antes
O número de mortos na segunda explosão, estimado em 80 mil pessoas, foi menor por causa da topografia da cidade, que, com mais elevações, impediu uma disseminação maior da radiação, em relação a Hiroshima
Foi lançada às 11h02 do dia 9 de agosto de 1945, pelo Boeing B-29, denominado Bockscar. Tinha 3,2 metros de comprimento e pesava 4,5 toneladas
Em 1968, para evitar uma corrida nuclear, os países assinaram, na sede da ONU (Organização das Nações Unidas), o Tratato de Não Proliferação das Armas Nucleares, revisto em 2010
Alguns países como a França e a China, deixaram para assinar o acordo tempos depois, em 1992. O Brasil só o fez em 1998. Atualmente são 189 os signatários, sendo que a Coreia do Norte, que havia assinado, se retirou em 2003
Israel, India e Paquistão, os dois últimos detentores assumidos de poderio nuclear, não assinaram o acordo. Há a certeza de que Israel possui armas nucleares, mas o país nunca admitiu oficialmente
Além destes três, atualmente, a lista dos países com armas nucleares é composta por Estados Unidos, Rússia, França, Reino Unido, Coreia do Norte, China e África do Sul

Lançada há 70 anos pelos Estados Unidos, a bomba que caiu sobre Hiroshima, matando cerca de 140 mil pessoas na cidade japonesa, foi o ponto-final, junto com a bomba lançada sobre Nagasaki, para uma guerra sangrenta, provocando a rendição do Japão no di...

Lançada há 70 anos pelos Estados Unidos, a bomba que caiu sobre Hiroshima, matando cerca de 140 mil pessoas na cidade japonesa, foi o ponto-final, junto com a bomba lançada sobre Nagasaki, para uma guerra sangrenta, provocando a rendição do Japão no dia 2 de setembro seguinte

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