A sede do jornal satírico francês Charlie Hebdo sofreu um ataque
terrorista nesta terça-feira (7). Pelo menos, 12 pessoas morreram. A mídia teria
publicado uma imagem satírica de Maomé, algo proibido pelos seguidores do Islã.
Porém esta não é a primeira vez que fazer referência ao líder dos muçulmanos gera
perseguição e atentados. Confira outros episódios nas próximas páginas
Reprodução/ Charlie Hebdo
O autor de ficção, Ahmed
Salman Rushdie, teve que viver por
muitos anos no anonimato após a publicação do livro Versos Satânicos que condenava o Islã por perseguição contra várias religiões cristãs e hindus.
O material de 1989 causou controvérsia no mundo islâmico, pois foi considerado ofensivo
ao profeta Maomé
Wikimedia Commons
O livro causou tanta revolta que o ex-líder da revolução islâmica Aiatolá Ruhollah Khomeini ordenou aos muçulmanos que assassinassem o escritor e os editores do livro que soubessem dos conceitos da publicação
A polícia chegou a prender na Noruega um
iraquiano que planejava um ataque contra
o jornal. Ele teria outros dois cúmplices
Gatty Images
Antes desses episódios, também na Dinamarca,
em Copenhague, um outro suspeito que planejava um atentado contra o jornal
também foi preso. Segundo os investigadores, o homem pretendia enviar uma
carta-bomba ao diário. Mas o artefato explodiu em um banheiro de um hotel e
deixou o suposto terrorista levemente ferido
Getty Images
A própria revista satírica Charlie Hebdo já tinha sofrido em seus quase 22 anos de existência outros ataques por causa da publicação de caricaturas de Maomé. A revista, cuja mera reprodução está proibida pelo Islã, também chegou a ser incendiada em novembro de 2011
Reprodução/Twitter
Em 3 janeiro de 2013, o site da revista sofreu ataques de hackers, motivados pela publicação no dia anterior de um suplemento especial com uma biografia de Maomé em forma de história em quadrinhos