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O ciclone Biparjoy, cujo nome significa "desastre" ou "calamidade" no idioma bengali, atingiu a costa da Índia e do Paquistão nesta última quinta-feira (15) e deixou um rastro de destruição por onde passou. O fenômeno, acompanhado de fortes chuvas, arrancou telhados, derrubou árvores, postes elétricos, gerou inundações e deixou milhares sem energia
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Mais de 180 mil pessoas precisaram ser retiradas do estado de Gujarat, na Índia, antes da chegada do fenômeno. Duas pessoas morreram depois de serem arrastadas por enchentes, pouco antes da chegada do ciclone, na região indiana evacuada
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As vítimas, ambos homens e pastores, morreram quando tentavam resgatar seu gado das enchentes no distrito de Bhavnagar, em Gujarat, na quinta-feira à noite, segundo informações do centro de controle do ciclone
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Devido aos fortes ventos, o fornecimento de energia foi interrompido em muitos locais no distrito de Kutch, em Gujarat, disse Amit Arora, funcionário do distrito encarregado das operações de resgate
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O departamento meteorológico da Índia alertou para chuvas "muito intensas" em Gujarat e no estado vizinho de Rajasthan até sexta-feira (16). A autoridade de gerenciamento de desastres do Paquistão afirmou no mesmo dia que o ciclone estava perdendo intensidade
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Sardar Sarfaraz, chefe do Departamento Meteorológico do Paquistão, disse ao portal Al Jazeera que o ciclone poderia desencadear chuvas intensas nas áreas costeiras do país na sexta-feira (16) e no sábado (17). "A força do ciclone diminuiu significativamente e esperamos que se transforme em uma depressão até a noite. No entanto, a influência ciclônica causará chuvas intensas e ventos em algumas áreas, com velocidade variando entre 60 e 80 km/h", afirmou
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A Unicef alertou que mais de 625 mil crianças estão em risco imediato nos dois países. "No Paquistão, o ciclone Biparjoy representa uma nova crise para crianças e famílias em Sindh, a província mais afetada pelas enchentes devastadoras do ano passado", disse Noala Skinner, diretora regional da Unicef para o sul da Ásia
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Ciclones, equivalentes a furacões no Atlântico Norte, ou tufões no noroeste do Pacífico, são uma ameaça regular e mortal na costa ao norte do Oceano Índico, região em que dezenas de milhões de pessoas vivem.
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Um estudo de 2021 constatou que a frequência, a duração e a intensidade dos ciclones no Mar Arábico aumentaram significativamente entre 1982 e 2019, e especialistas afirmam que esse crescimento continuará, tornando as preparações para desastres naturais mais urgentes
*Sob supervisão de Vivian Masutti