-
O coordenador de vídeo da AFP na Ucrânia, Arman Soldin, de 32 anos, foi morto na tarde de terça-feira (9) ao ser atingido em um bombardeio em Chasiv Yar, na região de Donbass, epicentro do conflito. O ataque ocorreu por volta das 16h30 (horário local; 10h30 em Brasília)
-
Soldin estava na companhia de quatro colegas, que saíram ilesos, além de militares ucranianos. Os jornalistas se deslocavam regularmente à região para registrar os confrontos no local
-
Ele foi o 11º repórter, guia ou motorista de jornalistas morto na Ucrânia desde o início da invasão russa na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, segundo um balanço das ONGs especializadas Repórteres sem Fronteiras (RSF) e Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ)
-
A morte de Soldin acarretou uma onda de mensagens de condolências e de reconhecimento a seu "talento" e sua "coragem", nesta quarta-feira (10)
-
O presidente francês, Emmanuel Macron, elogiou a "coragem" do jornalista e disse que compartilha da "dor de seus parentes e de todos os seus colegas"
-
A ministra de Relações Exteriores da França, Catherine Colonna, elogiou a "coragem" de Soldin e qualificou seu trabalho como "essencial" para conhecer os fatos em torno da guerra na Ucrânia
-
O ministro da Cultura ucraniano, Oleksandr Tkachenko, culpou a Rússia pela morte do repórter e afirmou que os responsáveis devem prestar contas
-
Pavlo Kyrylenko, governador da província de Donetsk, na região de Donbass, onde o jornalista morreu, expressou condolências a seus familiares e amigos e agradeceu a "todos os que, arriscando sua vida, seguem contando a verdade sobre nossa guerra"
-
A Justiça francesa abriu nesta quarta-feira uma investigação para apurar a morte de Soldin como crime de guerra
-
A investigação, a cargo do Escritório Central de Combate aos Crimes contra a Humanidade e os Crimes de Ódio, tem como objetivo determinar as circunstâncias da morte do jornalista