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França fará debate antes de dar sinal verde a acordo UE-Mercosul

Secretária de Estado de Transição Ecológica afirmou que posição será adotada quando houver 'avaliação sólida' sobre 'vantagens e inconvenientes'

Internacional|Da EFE

Secretária francesa falou sobre acordo UE-Mercosul
Secretária francesa falou sobre acordo UE-Mercosul

O governo da França ressaltou nesta terça-feira (20) que não deu sinal verde ao acordo de livre-comércio entre a UE (União Europeia) e o Mercosul e sugeriu organizar "uma espécie de debate público" para que sejam examinados os prós e contras do pacto.

A secretária de Estado de Transição Ecológica, Emmanuelle Wargon, afirmou em entrevista ao canal BFMTV que "a posição francesa será adotada quando tivermos uma avaliação suficientemente sólida para ver as vantagens e os inconvenientes".

"A França não deu seu sim ao acordo" e o Executivo está iniciando uma comissão de avaliação sobre os riscos e contribuições do compromisso assinado em junho entre a União Europeia e o Mercosul, lembrou Wargon ao ser questionada sobre as implicações das polêmicas políticas ambientais do presidente Jair Bolsonaro.

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"Depois, acredito que será importante discutir de forma muito ampla e democrática, em uma espécie de debate público, porque temos que pôr tudo isso acima da mesa. Só depois a França adotará uma posição", disse a secretária de Estado.


"Condeno com força todos aqueles que realizam políticas que conduzem ao desmatamento", disse com relação às ações de Jair Bolsonaro.

No entanto, a secretária se negou a personalizar essas críticas ao presidente brasileiro e especificou que o problema do desmatamento não se limita ao Brasil.


O presidente Emmanuel Macron deixou evidente no final de julho passado que não está "totalmente satisfeito" com o texto jurídico do acordo UE-Mercosul e que haverá uma discussão na França antes de o país dar seu sinal verde.

O governo francês já estipulou três condições para esse sinal verde: a implementação pelos países do Mercosul do Acordo de Paris sobre a mudança climática, o respeito das normas ambientais e sanitárias europeias e a proteção para os agricultores de setores sensíveis, em particular o de carne bovina.

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