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França reafirma que não assinará acordo UE-Mercosul sem mudanças

País quer que tratado de livre comércio inclua exigências sobre proteção à Amazônia e combate às mudanças climáticas

Internacional|Da EFE

Governo de Emmanuel
Macron pede maior proteção â floresta amazônica para fechar acordo
Governo de Emmanuel Macron pede maior proteção â floresta amazônica para fechar acordo

O governo da França reafirmou nesta sexta-feira (7) que não assinará o acordo de livre-comércio entre União Europeia (UE) e Mercosul caso não seja modificado para dar garantias sobre a proteção da Amazônia, o respeito das normas agroalimentares e fitossanitárias europeias e a luta contra a crise climática.

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O secretário de Estado de Comércio Exterior, Franck Riester, ressaltou que o país "não transigirá" e destacou que "a França não está sozinha" na UE em sua oposição ao acordo com o Mercosul, pois existem outros países que compartilham a sua visão, entre eles Bélgica, Holanda e Áustria.

"Não podemos aumentar o comércio com estes países com consequências para a floresta tropical, em um momento em que a selva amazônica arde", declarou Riester, em entrevista à emissora "Sud Radio", ao justificar a recusa em assinar o texto.


Segundo Riester, isso seria feito "em detrimento do clima, do aquecimento global e das normas sanitárias e fitossanitárias" europeias, exigências que os agricultores franceses precisam cumprir.

Por trás da recusa, Riester afirmou que "não há protecionismo" porque a França busca aumentar os intercâmbios.


"Mas queremos que esta concorrência seja leal", comentou, o que implica que a UE realize "uma política comercial mais firme, menos ingênua".

O acordo foi assinado entre União Europeia e Mercosul em 2019, após 20 anos de negociações, mas a sua implementação necessita a ratificação por ambas as partes, o que significa receber a aprovação de cada um dos países.

A França tem avisado há meses que não levantará o seu veto até que as suas exigências sejam satisfeitas, incluindo a entrada em vigor de uma iniciativa da Comissão Europeia para evitar o que chama de "desmatamento importado".

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