França tem 2º dia de protestos contra aumento dos combustíveis
Atos que fecharam dezenas de rodovias e reuniram 280 mil manifestantes terminaram com uma pessoa morta e mais de 400 feridos no sábado
Internacional|Fernando Mellis, do R7
Os franceses voltaram a protestar neste domingo (18) contra o imposto do carbono, que a partir de 1º de janeiro de 2019 vai deixar mais caro combustíveis derivados do petróleo.
No sábado, 280 mil manifestantes fecharam estradas e uma pessoa morreu acidentalmente. Outras 400 ficaram feridas.
Os manifestantes chamados de "coletes amarelos", em referência ao acessório que utilizam nos bloqueios, concentravam-se em 150 localidades neste domingo, de acordo com a emissora BFMTV.
As barricadas ocorrem desde a Provença até a Normandia. Houve diversos confrontos com a polícia e mais de 200 pessoas foram detidas ontem.
Em Paris, um grupo tentou chegar ao Palácio do Eliseu, sede da presidência do país, no sábado, mas foi impedido pelas autoridades.
O presidente Emmanuel Macron, que está em viagem a Berlin, até o momento não se manifestou. O ministro da Transição Ecológica e Solidária, François de Rugy, disse que o governo "manterá o curso em sua política fiscal e ecológica".
Rugy também criticou os bloqueios e se referiu aos casos de feridos, alguns deles atropelados por motoristas.
"Bloqueio de estradas é correr riscos. Aqueles que escolheram esse modo de ação subestimam as possíveis consequências", disse em entrevista ao jornal Le Parisien.
Paralelamente, o governo promete dar desconto para quem quiser trocar para um carro elétrico ou híbrido a partir do ano que vem.