Felicity Huffman e Lory Loughlin estão envolvidas
Fotos: EFE / Montagem: R7Atrizes, empresários e dezenas de outros "pais ricos" estão sendo acusados pelo Departamento de Justiça dos EUA de participar de um grande esquema de fraude nos processos de seleção de alunos de algumas das principais universidades do país.
O esquema contava com 50 nomes, nos quais 33 eram de pais, incluindo as atrizes Felicity Huffman, conhecida pelo papel de Lynette Scavo, na série Desperate Housewives, e Lori Loughlin, conhecida por dar vida a Rebecca Katsopolis na série Três É Demais. O restante dos envolvidos são técnicos, fiscais de provas e funcionários das universidades.
Segundo as autoridades, os estudantes eram recrutados como "atletas", independente do nível de qualidade técnica, além de fraudarem o teste de admissão nas instituições de ensino.
Entre as faculdades envolvidas estão Georgetown, Universidade de Stanford, UCLA, Universidade de San Diego, USC, Universidade do Texas, Wake Forest e Yale.
Segundo a investigação, o esquema de fraude nas admissões já somava US$ 25 milhões (cerca de R$ 95 milhões) em custo, tanto com subornos quanto em doações, feitos desde 2011.
Lori Loghlin: falsa atleta
O esquema girava em torno de William Singer, diretor e fundador de um colégio preparatório no sul da Califórnia. Ele foi preso, já se declarou culpado para evitar uma pena maior e agora colabora com o FBI.
De acordo com a denúncia, Lori Loughlin, em conversa com Singer, diz que iria providenciar que sua filha tirasse uma foto em uma máquina de remo seco.
O objetivo era incrementar sua inscrição como atleta de remo da Universidade do Sul da Califórnia (USC), alegando que ela faria parte de uma equipe amadora de Los Angeles. Se fosse selecionada em uma vaga de atleta, a estudante poderia entrar com novas menores.
Em um e-mail apreendido, ela teria dito que ficaria "caladinha" sobre o esquema para que a filha pudesse ser aprovada. A atriz está fora dos EUA, mas deve se entregar às autoridades assim que retornar.
Felicity Huffman: fraudes em exames
Já no caso de Felicity Huffman, ela é acusada de ter pago uma propina de US$ 15 mil (cerca de R$ 57 mil) para que sua filha mais velha pudesse prestar o SAT (exame nacional de admissão em faculdades norte-americanas, semelhante ao Enem) sem limite de tempo.
Além disso, em uma ligação telefônica que foi grampeada em fevereiro, a atriz discute a possibilidade de colocar alguém para fazer o SAT no lugar de sua filha mais nova.
Felicity discute inclusive a possibilidade de a diferença na pontuação que a filha obteve em uma prova anterior e a que seria feita pela outra pessoa chamar a atenção de quem faria a correção.
"Só não sei se não seria estranho se a gente falasse 'Ah, ela teve essa nota em março, mas foi tão melhor em maio. Não sei como seria isso", fiz a atriz na conversa com Singer.
Segundo os documentos, Huffman e seu marido, o também ator William H. Macy, decidiram não botar o esquema em prática.