Furacão Melissa é a tempestade mais forte do planeta em 2025
Governo da Jamaica afirma que país corre risco de sofrer “extrema devastação”
Internacional|Mary Gilbert, Chris Dolce e Briana Waxman, meteorologistas da CNN e Sana Noor Haq, Billy Stockwell e Zoe Sottile, da CNN Internacional
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O imenso poder do furacão Melissa o colocou em uma companhia muito exclusiva. Com ventos sustentados de 280 km/h, o Melissa é agora um dos furacões mais fortes, com base nas velocidades máximas de vento, já registrados na bacia do Atlântico.
Apenas nove furacões no Atlântico foram mais fortes que o Melissa, embora vários outros também tenham atingido 280 km/h. O furacão Allen, de 1980, ainda detém o título de tempestade mais forte da bacia, com ventos de 305 km/h.
O Melissa também é um dos furacões mais fortes já registrados no Mar do Caribe, atrás apenas do Allen, do Wilma de 2005, do Mitch de 1998 e do Gilbert de 1988. O Gilbert foi o último grande furacão a atingir diretamente a Jamaica.
Até 102 cm de chuva, 4 metros de maré de tempestade e ventos sustentados de 257 km/h causarão “extensos danos à infraestrutura” que isolarão comunidades, alertou o Centro Nacional de Furacões.
O Ministro do Trabalho e Previdência Social da Jamaica, Pearnel Charles, disse na segunda-feira que as ordens de evacuação emitidas para áreas vulneráveis não são uma sugestão, mas uma “diretiva para salvar sua vida”, enquanto o país enfrenta “extrema devastação e perigo” representados pelo furacão Melissa.
“Ele (Melissa) é muito lento, é muito, muito, muito intenso. E isso significa que o resultado pode ser potencialmente extrema devastação e perigo”, disse Charles a Derek Van Dam, da CNN.
O ministro também disse que ônibus estão sendo usados para transportar pessoas necessitadas para abrigos de emergência em todo o país. “Se você está em uma área baixa e propensa a inundações, agora é a hora de não correr riscos e não apostar”, disse ele.
Equipes das Nações Unidas estão se preparando para serem enviadas a Cuba e à Jamaica esta semana.
O Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA) disse na segunda-feira que planeja enviar pessoal, “conforme as condições permitirem, para reforçar os esforços de coordenação e preparação em toda a região”.
“O OCHA e seus parceiros estão apoiando as autoridades antes de novos impactos”, afirmou o escritório em um comunicado. Depois da Jamaica, o furacão Melissa ainda deverá se tornar um grande furacão quando atingir o leste de Cuba com ventos devastadores, marés de tempestade e inundações potencialmente catastróficas.
Não há previsão de que o furacão Melissa atinja os Estados Unidos.
Uma forte frente fria que se desloca para o leste atuará como uma barreira atmosférica de proteção ao longo da costa americana.
As condições úmidas e ventosas da frente se espalharão para a Costa Leste na quarta e quinta-feira.
Frentes frias como esta são mais frequentes no final da temporada de furacões, mas nem sempre oferecem proteção. Tempestades que se deslocam mais ao norte e oeste no Caribe do que o Melissa podem, às vezes, ser atraídas por elas e enviadas em direção à Costa Leste do Golfo, mais frequentemente à Flórida.
Embora o Melissa não atinja os EUA diretamente, ele ainda causará ondas agitadas e aumentará o risco de correntes de retorno perigosas ao longo da Costa Leste. Esses impactos começarão na quarta-feira, quando o Melissa cruzar o Atlântico, e continuarão pelo menos durante o fim de semana.
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