General americano estima em 100 mil soldados russos mortos ou feridos na guerra contra a Ucrânia
Mark Milley estima números semelhantes por parte das forças ucranianas desde o início dos confrontos
Internacional|AFP
Mais de 100 mil soldados russos foram mortos ou feridos desde o início da invasão da Ucrânia, avaliou o chefe do Estado-Maior dos EUA, Mark Milley, nesta quarta-feira (10), estimando baixas semelhantes para as forças ucranianas.
"Há mais de 100 mil soldados russos mortos ou feridos", disse Milley em comentários no Clube Econômico de Nova York. "O mesmo provavelmente do lado ucraniano", acrescentou.
Esses são os números mais precisos até o momento oferecidos pelo governo dos Estados Unidos em mais de oito meses de guerra. Essa estimativa ainda não foi confirmada de forma independente.
Milley acrescentou que há uma oportunidade de diálogo para acabar com a guerra e que a vitória militar pode não ser possível para a Rússia nem para a Ucrânia.
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"Tem que haver um reconhecimento mútuo de que a vitória militar é provavelmente, no verdadeiro sentido da palavra, não alcançável por meios militares e, portanto, você deve ser desviado para outras maneiras", explicou o general sênior.
"Há... uma oportunidade aqui, uma janela de oportunidade para negociação", acrescentou.
As declarações de Milley vieram depois que a Rússia ordenou que suas tropas se retirassem da cidade de Kherson, no sul da Ucrânia, um golpe para a campanha militar de Moscou.
Mas as autoridades em Kyev reagiram com cautela, dizendo que é improvável que o Exército russo deixe a cidade estratégica sem lutar.
O presidente dos EUA, Joe Biden, sugeriu que a retirada é uma evidência de que Moscou tem "problemas reais" no campo de batalha.