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Gibraltar vende iate de oligarca russo por mais de R$ 200 milhões

Embarcação Axioma, de 72 m, foi leiloada para pagar as dívidas de Dimitri Pumpianski, alvo de sanções do governo britânico

Internacional|Do R7

Iate de 72 m foi retido em março pelas autoridades de Gibraltar
Iate de 72 m foi retido em março pelas autoridades de Gibraltar

A autoridade judicial marítima do território britânico anunciou, nesta terça-feira (27), a venda do iate do magnata russo Dimitri Pumpianski, alvo de sanções britânicas após a ofensiva russa na Ucrânia, por US$ 37,5 milhões (cerca R$ 200 milhões) em Gibraltar, onde foi retido em março.

O departamento do Almirantado Britânico informou em um comunicado que não revelará o nome do comprador. O dinheiro da venda permitirá que as autoridades de Gibraltar, pequeno território no extremo sul da Espanha, indenize os credores do oligarca.

No total, Gibraltar recebeu 63 lances no leilão do Axioma, um luxuoso iate de 72 m de comprimento e bandeira de Malta. O barco foi apreendido após uma denuncia apresentada pelo banco americano JP Morgan.

Em dezembro, o JP Morgan concedeu um empréstimo de 20,5 milhões de euros (cerca de R$ 105 milhões) a uma empresa registrada nas Ilhas Virgens Britânicas. Esta tinha como acionista uma companhia do Chipre, de propriedade de Dimitri Pumpianski.


O banco considerou que a inclusão do oligarca na lista de personalidades russas sujeitas a sanções britânicas constituía, entre outras coisas, uma violação do contrato de empréstimo.

As sanções levam ao congelamento dos bens dos empresários afetados, o que põe o reembolso dos empréstimos em risco. Por esse motivo, o JP Morgan recorreu às autoridades gibraltarinas para a apreensão do iate. A embarcação havia sido registrada como uma das garantias do empréstimo.

Proprietário da gigante de oleodutos TMK, Pumpianski também é alvo das sanções da União Europeia desde o início da invasão russa na Ucrânia. Vários países, como Espanha, Itália e França, confiscaram iates dos russos mais ricos como parte dessas sanções europeias, que congelam todos seus bens no bloco.

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