Ginecologista acusado de abusos sexuais nos EUA é encontrado morto
George Tyndall estava prestes a ser julgado por acusações de abusar de pacientes inconscientes de 2009 a 2016
Internacional|Do R7
Um ginecologista do campus de uma importante universidade americana na Califórnia, que havia sido acusado de abusar sexualmente de pacientes, foi encontrado morto em sua casa, informou seu advogado nesta quinta-feira (5).
George Tyndall estava prestes a ser julgado por acusações de agredir pacientes inconscientes no centro de saúde estudantil da prestigiosa Universidade do Sul da Califórnia (USC), em várias ocasiões entre 2009 e 2016.
O homem, de 76 anos, havia negado as acusações, mesmo quando a universidade concordou em pagar mais de US$ 1 bilhão (R$ 5,17 bilhões, na cotação atual) a centenas de mulheres que o denunciaram.
O advogado Leonard Levine disse que Tyndall foi encontrado morto em seu apartamento em Los Angeles na quarta-feira (4) por um amigo que havia usado uma chave para entrar após não conseguir contatá-lo.
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"Estamos 99% certos de que foi por causas naturais", disse Levine, mas acrescentou que provavelmente seria realizada uma autópsia para determinar a causa da morte.
A universidade fechou acordos no total de US$ 852 milhões (R$ 4,4 bilhões) em 2021, além de US$ 215 milhões (R$ 1,1 bilhão) resultantes de uma ação coletiva federal anterior, em 2018.
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Tyndall havia sido acusado de abuso por centenas de pacientes mulheres durante exames médicos ao longo de seus 30 anos de carreira, em um escândalo que envolveu a universidade.
As acusações variavam de toques impróprios a estupro e remontavam a 1990. A denunciante mais jovem tinha 17 anos.
Milhares de ex-pacientes processaram a universidade por não responder adequadamente às acusações contra Tyndall, alegando que a instituição tinha conhecimento das ações do médico, mas continuou permitindo seu acesso aos estudantes.
Tyndall não foi investigado pelas autoridades da USC até 2016 e foi permitido que se aposentasse em virtude de um acordo amigável com a universidade, que supostamente envolvia um pagamento de US$ 200 mil (R$ 1 milhão).
O então presidente da instituição renunciou em 2018, em meio à pressão de 200 professores para que deixasse o cargo devido ao escândalo.
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