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Governador de Nova York, Andrew Cuomo, renuncia ao cargo

Político do partido democrata foi acusado de assédio sexual contra funcionárias e ex-funcionárias

Internacional|Do R7

Governador de Nova York, Andrew Cuomo
Governador de Nova York, Andrew Cuomo

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, anunciou sua renúncia nesta terça-feira (10), uma semana após ser alvo de diversas acusações de assédio sexual.

A procuradora-geral do estado, Letitia James, divulgou no último dia 3 um relatório que revelava 11 casos de assédio contra funcionárias e ex-funcionárias do político democrata.

"Acho que, dadas as circunstâncias, a melhor forma de ajudar agora é me afastar e deixar o governo lidar com o governo", disse Cuomo em um discurso ao vivo.

Mulher que acusa governador de NY de assédio rompe o silêncio


Durante a fala, Cuomo negou ter práticado assédio sexual contra as mulheres que fizeram a denúncia. Em uma tentativa de explicar o que ocorreu no passado, ele afirmou que costuma ser afetuoso com todos e culpou também o próprio senso de humor.

"Eu abraço e beijo as pessoas eventualmente, tanto mulheres como homens. Eu fiz isso toda a minha vida e sempre fui assim. Pela minha perspectiva, eu nunca ultrapassei os limites com ninguém", disse Cuomo.


Vice-governadora diz estar pronta

Cuomo será substituído pela vice-governadora, Kathy Hochul. Será a primeira vez que uma mulher governará o estado de Nova York. O processo de transição de poder deve durar 14 dias.

A futura governadora disse que está pronta para ocupar o cargo. "Eu concordo com a decisão do governador Cuomo de renunciar", afirmou ela, segundo o New York Times. "É a coisa certa a se fazer".


O prefeito da cidade de Nova York, Bill de Blasio, que costumava ter uma relação conflituosa com o governador, disse: "Já passou da hora de Andrew Cuomo renunciar e é para o bem de toda Nova York."

O presidente dos EUA, Joe Biden, e a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, ambos do partido democrata, se pronunciaram publicamente na semana passada pedindo que Cuomo deixasse o cargo.

Uma pesquisa divulgada no dia seguinte do relatório sobre os assédios sexuais mostrou que 59% da população do estado queriam a renúncia do governador.

Mesmo evitando um possível processo de impeachment na Assembleia estadual, a renúncia de Cuomo não significa que ele deixará de lado os problemas com a Justiça. Ele está sob investigação da Promotoria, recebeu pelo menos uma denúncia na esfera criminal e também é alvo de inquéritos por sua atuação na pandemia. 

Procuradores federais estão investigando as mortes ocorridas nas casas de repouso e asilos do estado durante a primeira onda da pandemia, entre março e junho do ano passado e verificando possíveis adulterações nos números. Já a promotoria estadual está verificando se ele utilizou indevidamente recursos de Nova York para escrever um livro sobre suas ações no combate à covid.

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