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Governo confirma 95 mortes em ataque a vilarejo no Mali

Massacre aconteceu na madrugada, quando homens armados cercaram o vilarejo, atacaram, incendiaram vários imóveis e mataram diversos animais

Internacional|Da EFE

Massacre foi um dos piores no país nos últimos meses
Massacre foi um dos piores no país nos últimos meses Massacre foi um dos piores no país nos últimos meses

O governo do Mali informou que o ataque armado cometido na madrugada desta segunda-feira (10) em um vilarejo da etnia dogon, no centro do país, deixou 95 mortos e 19 desaparecidos, um dos maiores massacres dos últimos meses.

Segundo um comunicado oficial, o massacre ocorreu em Sobame Da, pertencente à comunidade rural de Sangha, na região central de Mopti. De madrugada, homens armados cercaram o vilarejo, realizaram o ataque, incendiaram vários imóveis e mataram diversas cabeças de gado.

O governo atribui o ataque a "supostos terroristas", pois todos os observadores no Mali afirmam que se trata de um ataque por motivos étnicos contra os dogon. Reforços militares foram enviados à região para perseguir os autores deste massacre.

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Políticos locais e funcionários do governo na região disseram à Agência Efe que um grupo de homens armados chegou nesta madrugada ao vilarejo, cercou totalmente a região e ateou fogo às casas com os moradores dentro. Quem tentou fugir foi morto a tiros.

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Em março aconteceu outro massacre no centro do Mali, no vilarejo de Ogossagou, que deixou 157 mortos. O local era reduto da etnia peul e a autoria do ataque foi atribuída aos caçadores donzos, de etnia dogon. Ambos são rivais pelo controle de terras.

Por essa razão, as primeiras hipóteses do ataque desta madrugada são de vingança dos peul contra os dogon. A tensão étnica é palpável e crescente nesta região do centro do Mali.

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Um dos principais grupos dogon, chamado Dan Na Ambassagou, emitiu hoje um comunicado no qual considera o ataque "uma declaração de guerra" e lamenta que "nem o Estado nem a comunidade internacional se interessam pela vida desta população maltratada".

De acordo com um recente relatório da ONU, a violência entre etnias deixou 250 mortos no Mali entre janeiro e maio, sem contar com as ações dos grupos jihadistas.

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Os observadores descartam a participação de jihadistas no ataque desta madrugada porque estes costumam atacar símbolos do Estado (polícia, Exército e funcionários) e não tanto povoados da sociedade civil, mas até o momento não há reivindicação da autoria.

Na semana passada, o Conselho de Ministros do Mali prolongou até maio de 2020 - a segunda prorrogação - o mandato dos deputados do Parlamento após constatar a impossibilidade de realizar eleições "normais e transparentes" devido à instabilidade no país.

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