Governo denuncia "extrema" violência de protestos na Catalunha
Ministro do Interior lamentou a "virulência extrema" e o vandalismo indiscriminado e coordenado" dos radicais violentos
Internacional|Da EFE
O governo espanhol denunciou neste sábado (19) a "extrema" violência dos protestos que aconteceram nos últimos cinco dias na região autônoma da Catalunha, principalmente em Barcelona, com centenas de feridos.
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O ministro do Interior, Fernando Grande-Marlaska, lamentou em entrevista coletiva concedida em Barcelona a "virulência extrema" e o "vandalismo indiscriminado e coordenado" dos radicais violentos, especialmente na última noite, quando um policial ficou gravemente ferido.
O ministro viajou a Barcelona neste sábado para se reunir com o ministro do Interior da Catalunha, Miquel Buch, e visitar policiais feridos durante os cinco dias de distúrbios ocasionados pelos protestos.
As manifestações que tomaram as ruas catalãs expressam repúdio à sentença imposta pelo Tribunal Supremo a nove líderes independentistas catalães por participação na tentativa de separação em 2017.
Os piores distúrbios foram os da noite de sexta-feira, que terminaram com 182 feridos em toda a região, 152 deles em Barcelona. "Isto não pode continuar assim. Barcelona não merece isto", expressou a prefeita da capital catalã, Ada Colau.
O presidente do governo regional catalão, o independentista Quim Torra, pediu neste sábado ao presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, a definição de uma data para uma reunião que busque "uma solução política", em referência à tradicional demanda do lado independentista de um referendo de autodeterminação.
Torra também pediu calma e desejou que os protestos sejam pacíficos. "A violência nunca será a nossa bandeira", garantiu o governante catalão.
Marlaska criticou Torra e outros integrantes do governo catalão pela frieza diante da violência.
"Ninguém entende como eles fazem declarações, mas não condenam a violência e não se solidarizam com os agentes", argumentou, ao se referir também aos membros da polícia regional da Catalunha feridos. EFE