Governo dos EUA diz que 'nunca permitirá' armas nucleares no Irã

O governo dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira (1º) que continuará a adotar "pressão máxima" contra o Irã e reiterou que "nunca permitirá" que o país islâmico desenvolva armas nucleares, após a notícia de que foi ultrapassado o limite da reserva de urânio enriquecido do acordo de 2015.

"Continuará a pressão máxima sobre o regime iraniano até que seus líderes alterem o seu curso de ação. O regime deve pôr fim a suas ambições nucleares e a seu comportamento perverso", disse a Casa Branca em um breve comunicado.

Além disso, o governo americano acrescentou que os "EUA e seus aliados nunca permitirão que o Irã desenvolva armas nucleares".

O próprio Irã, através do ministro das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, informou hoje já ter superado o limite da reserva de 300 quilos de urânio enriquecido estabelecido no histórico acordo nuclear de 2015.

Pouco depois, a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) confirmou que o Irã ultrapassou o limite de urânio enriquecido que o acordo nuclear de 2015 lhe permite armazenar, cumprindo assim a ameaça de começar a quebrar os compromissos, em resposta à recente rodada de sanções realizadas por Washington.

No comunicado, a Casa Branca apontou que tinha sido "um erro sob o acordo nuclear permitir ao Irã enriquecer urânio a qualquer nível" e ressaltou que "há poucas dúvidas de que, inclusive antes da existência do pacto, o Irã já estivesse violando seus termos".

Por sua vez, presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, advertiu que o Irã "está brincando com fogo" ao superar o limite de urânio enriquecido estabelecido no acordo nuclear assinado em 2015.

"Eles sabem o que estão fazendo, sabem com o que estão lidando, e acho que estão brincando com fogo", disse Trump em entrevista coletiva na Casa Branca.