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Governo promete apoiar candidato da oposição na Armênia

Crise política que assola país teve mais uma reviravolta; nesta terça-feira (2), manifestantes lotaram ruas da capital contra Partido Republicano

Internacional|ANSA Brasil

armenia, protestos, governo
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A crise política que assola a Armênia há várias semanas teve mais uma reviravolta nesta quarta-feira (2). Um dia após ter bloqueado a nomeação do opositor Nikol Pashinyan como primeiro-ministro, o governista Partido Republicano voltou atrás e prometeu votar no adversário.

O anúncio foi feito pelo líder da legenda na Assembleia Nacional, Vahram Baghdasaryan, que não citou explicitamente o nome de Pashinyan, mas disse que apoiará o "candidato da oposição".

Na última terça-feira (1º), o postulante da coalizão liberal Yelk foi rechaçado como premiê pelo Parlamento, com um placar de 55 a 45 - a Casa é controlada pelo Partido Republicano. A votação motivou novos protestos pelo país e a ameaça de um "tsunami político" por parte de Pashinyan.

O opositor precisa de pelo menos 53 dos 105 votos no Parlamento, sendo que os governistas possuem 58 assentos. Pashinyan foi a principal figura da onda de manifestações que derrubou o ex-presidente Serzh Sargsyan do cargo de primeiro-ministro.


Sem poder tentar um terceiro mandato presidencial, Sargsyan mudara a Constituição para implantar o parlamentarismo e continuar governando a Armênia, mas a manobra provocou protestos por todo o país.

O premiê interino é Karen Karapetyan, aliado do ex-presidente.

A oposição teme que eventuais novas eleições para o Parlamento possam ser fraudadas caso o processo ocorra sob o comando do Partido Republicano.

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