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Governo Trump recua e desiste de pergunta sobre cidadania no censo

Recuo vem em menos de uma semana depois de a Suprema Corte pedir as autoridades para explicarem a necessidade da questão em formulário

Internacional|Da EFE

Governo desiste de pergunta sobre cidadania no censo
Governo desiste de pergunta sobre cidadania no censo

O governo dos Estados Unidos recuou e desistiu de incluir uma polêmica pergunta sobre o status legal dos imigrantes que vivem no país no censo de 2020, que já começou a ser impresso.

A porta-voz do Departamento de Justiça, Kelly Laco, confirmou a veracidade de um e-mail divulgado mais cedo por um ex-advogado do ex-presidente Barack Obama, no qual o governo de Donald Trump garantia que não incluiria a questão na consulta.

"Podemos confirmar que tomamos a decisão de imprimir o questionário do censo de 2020 sem a pergunta sobre a cidadania e que já ordenamos os responsáveis de imprimir (os documentos) a iniciar o processo", dizia Kate Bailey, funcionária do Departamento de Justiça, no e-mail divulgado pelo ex-advogado de Obama no Twitter.

O recuo ocorreu menos de uma semana depois de a Suprema Corte ter decidido pedir ao governo americano que explicasse melhor os motivos da inclusão da pergunta no censo.


A polêmica começou no início do ano passado, quando a Casa Branca anunciou a decisão de incluir a pergunta no censo.

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A medida gerou reação imediata do Partido Democrata e de organizações de defesa dos imigrantes, que afirmaram que o questionamento faria milhares de imigrantes ilegais a não participar da consulta.


O governo alegava que a pergunta era fundamental para entender melhor a composição da população americana. Mas os críticos consideram que, na verdade, a medida só serviria para diminuir a visibilidade dos imigrantes, afetando negativamente a oferta de serviços públicos.

Muitos também temiam que o governo repassasse as informações às autoridades migratórias.


Em janeiro, um tribunal de Nova York decidiu contra o governo, que recorreu da decisão e levou a questão à Suprema Corte.

A polêmica ganhou um novo episódio nas últimas semanas após a revelação de um relatório elaborado por Thomas Hofeller, estrategista republicano que morreu em agosto do ano passado, no qual recomendava a inclusão da pergunta no censo para assim poder redesenhar os distritos eleitorais para favorecer o partido.

O governo Trump negou conhecer a proposta de Hofeller.

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