Grande júri do caso Trump não se reunirá nesta quarta-feira (22)
Ex-presidente dos EUA é investigado por supostamente ter pago pelo silêncio da atriz pornô Stormy Daniels durante a campanha de 2016
Internacional|Do R7
O grande júri encarregado de analisar no Tribunal Penal de Manhattan as acusações contra o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump (2017-2021) pela investigação de um suposto pagamento em 2016 para silenciar a atriz pornô Stormy Daniels não se reunirá nesta quarta-feira (22), segundo informou a imprensa local.
Dessa forma, quaisquer acusações contra o ex-presidente e atual pré-candidato às primárias republicanas para as eleições presidenciais de 2024, se confirmadas, não serão conhecidas até quinta-feira (23), no mínimo.
Mesmo assim, o Tribunal Penal de Manhattan amanheceu mais um dia cercado por jornalistas da imprensa local e internacional, bem como por policiais. Ao contrário dos dias anteriores, nesta quarta-feira nem apoiadores nem críticos de Trump foram vistos manifestando-se nas proximidades.
No último sábado (18), o ex-presidente fez uma previsão nas redes sociais de que seria preso na terça-feira (21), o que não aconteceu.
O grande júri se reúne às segundas, quartas e quintas-feiras e pode ouvir o depoimento de pelo menos mais uma testemunha antes que todos os 23 membros sejam convocados a votar, segundo informou o jornal The New York Times.
Essa investigação do procurador distrital de Manhattan sobre o pagamento a Stormy Daniels, a mais imediata de várias que encurralam Trump, já dura quase cinco anos e se concentra no repasse de US$ 130 mil à atriz — supostamente em troca do silêncio sobre uma relação sexual ocorrida em 2006 — durante a campanha eleitoral que acabou levando o magnata à Casa Branca, em 2017.
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Esse grande júri deve decidir se processa ou não o ex-governante, e, se for indiciado, Trump se tornará o primeiro ex-presidente dos EUA a enfrentar uma acusação criminal.
Até agora, as autoridades mantiveram silêncio sobre qualquer notícia sobre o grande júri do Tribunal Penal de Manhattan, cujos procedimentos são mantidos fora da vista do público.
O ex-presidente, que, acredita-se, está nesta quarta-feira em Mar-a-Lago, na Flórida, afirma ser vítima de uma "caça às bruxas" dos democratas. Trump pediu a seus "74 milhões de eleitores" que assinassem uma carta contra "as ameaças de uma possível prisão".