Greve dos caminhoneiros ameaça deixar Portugal sem combustível
Até o momento, voos já foram cancelados e os portugueses fazem corrida aos postos de gasolina que já estão ficando sem reserva
Internacional|Beatriz Sanz, do R7
Cerca de 800 caminhoneiros cruzaram os braços em Portugal na última segunda-feira (15). O número pode parecer pequeno em um primeiro momento, mas não se enganem, esses homens estão a ponto de paralisar todo o país.
Esses motoristas fazem parte do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e são os únicos portugueses habilitados a transportar combustíveis e outros materiais inflamáveis e explosivos pelas estradas portuguesas.
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Até o momento, voos já foram cancelados nos aeroportos de Faro e de Lisboa e os portugueses fazem corrida aos postos de gasolina que já estão ficando sem reserva.
As reivindicações dos caminhoneiros são várias. Eles pedem que o salário-base passe de 630 euros (cerca de R$ 2.769) para 1200 euros (aproximdamente R$ 5.275), quase duplicando. Além disso, eles exigem que as horas extras e o adicional noturno seja pago em valor integral. Atualmente, esses benefícios valem 50% na primeira hora e 75% a partir da segunda.
As associações patronais se recusam a negociar e argumentam que os caminhoneiros já ganham acima da média dos outros trabalhadores.
Enquanto isso, o governo pediu que os motoristas responsáveis por transportar o combustível continuem abastecendo os serviços prioritários como hospitais, bases aéreas, bombeiros, portos, aeroportos e postos de combustível de Lisboa e Porto.
O Sindicato informou que não pretende reestabelecer todos os serviços minímos que o governo pede.