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Grupo de advogados ataca hospital no Paquistão; 3 pacientes morreram

Mais de 100 manifestantes atacaram hospital para 'vingar' agressão de médicos contra advogados, que aconteceu no mês passado; 80 foram presos

Internacional|Fábio Fleury, do R7

Advogado se prepara para atirar cadeira enquanto carro pega fogo em hospital
Advogado se prepara para atirar cadeira enquanto carro pega fogo em hospital

Um grupo de mais de 100 advogados invadiu e depredou um hospital em Lahore, segunda maior cidade do Paquistão. Eles destruíram equipamentos, janelas e incendiaram carros, incluindo uma van da polícia. No fim, três pacientes morreram por falta de atendimento e pelo menos 80 agressores foram presos, segundo o governo.

O caso aconteceu na última quarta-feira (11), no Hospital de Cardiologia de Lahore e, segundo a imprensa internacional, envolve uma rixa dos advogados da cidade com os médicos do hospital.

Advogados x médicos

A primeira confusão aconteceu em novembro, quando um advogado se recusou a entrar numa fila comum para visitar um parente que estava internado. A discussão esquentou e ele chamou outros colegas para ajudá-lo.


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No fim, três deles foram agredidos por médicos e funcionários do hospital. Desde então, advogados tentavam registrar queixas contra os médicos por terrorismo, para que eles fossem presos imediatamente, mas não eram atendidos pela Justiça.

Depois que um vídeo da agressão e que também continha ironias contra os advogados viralizou no país, eles começaram a protestar diante do hospital. Na quarta-feira, a situação saiu do controle.


Quebra-quebra na UTI

Parente tenta ajudar paciente retirada do hospital
Parente tenta ajudar paciente retirada do hospital

Segundo relatos, a multidão chegou a invadir a UTI do hospital. Médicos e enfermeiros fugiram para não ser agredidos. A polícia teve que usar bombas de gás lacrimogênio para dispersar os manifestantes.


"Em qualquer sociedade, não importa qual tenha sido a situação, nunca houve um ataque como esse contra um hospital, nem mesmo em guerras", disse Muhammad Basharat Raja, o ministro da Justiça do estado de Punjab, onde fica Lahore.

O governo local pediu o apoio do exército, que enviou tropas para tentar evitar novos protestos violentos.

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