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Grupo russo de hackers se infiltra em várias agências do governo dos Estados Unidos

Funcionário de alto escalão do governo afirma que há evidências que a ação foi coordenada com o governo russo

Internacional|Do R7

Grupo russo de hackers se infiltrou em várias agências do governo dos Estados Unidos
Grupo russo de hackers se infiltrou em várias agências do governo dos Estados Unidos

Um grupo russo de hackers conseguiu se infiltrar em várias agências do governo dos Estados Unidos, anunciou nesta quinta-feira a Agência de Segurança Cibernética e Infraestrutura americana (Cisa).

Por trás do ataque cibernético está o grupo Cl0p, que tem sede na Rússia, disse a jornalistas um funcionário de alto escalão do governo dos EUA.

A fonte explicou que, por enquanto, não há evidências que sugiram que os hackers agiram em coordenação com o governo russo.

Em entrevista coletiva, a diretora da Cisa, Jen Easterly, garantiu que o ataque "não terá um impacto significativo" nas atividades do governo e afirmou que se trata de uma campanha de ataque cibernético de pequena escala.


Ela disse que o ocorrido não tem relação com o grande ataque cibernético realizado em 2019 por agentes russos contra cerca de 18 mil agências do governo dos EUA e grandes empresas americanas, aproveitando-se de problemas na plataforma SolarWinds.

Nesse caso, os invasores exploraram uma vulnerabilidade no software chamado MOVEit, que é frequentemente usado pelo governo federal para criptografar arquivos e transferir dados.


De acordo com as informações divulgadas nesta quinta-feira, os hackers usaram a vulnerabilidade para infectar computadores com malware, roubar dados e depois exigir uma recompensa das vítimas.

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A Ipswitch, empresa que desenvolveu o software, detalhou a vulnerabilidade descoberta no MOVEit em comunicado no dia 5 de junho e anunciou que havia aberto uma investigação e estava trabalhando com seus clientes para evitar qualquer dano.


Dois dias depois, em 7 de junho, a própria Cisa publicou um relatório pedindo cautela aos órgãos governamentais e apontando o Cl0p como culpado.

Esse novo ataque soma-se aos sofridos nas últimas semanas por universidades, hospitais e governos locais nos EUA.

Entre as vítimas está a Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, e seus centros de saúde associados, que sofreram um ataque cibernético em 31 de maio que resultou no roubo de informações pessoais, desde nomes de pacientes até dados bancários, informou a instituição em comunicado na quarta-feira.

Da mesma forma, o Sistema Universitário Estadual da Geórgia, que inclui a Universidade da Geórgia, com 40 mil alunos, anunciou na quarta-feira que havia sofrido um ataque cibernético e que estava estudando seu "escopo" e "gravidade".

Os governos estaduais de Illinois e Minnesota também sofreram um ataque cibernético no final de maio, conforme anunciaram nos últimos dias.

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