Guaidó anuncia 'centro de governo' da oposição na Venezuela
O parlamentar e auto-proclamado presidente venezuelano diz que centro será comandado por Leopoldo López, líder da oposição
Internacional|Da EFE
O chefe do Parlamento e autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, anunciou nesta quarta-feira (28) a criação de um "centro de governo" que coordenará todos os representantes nomeados por ele e que será comandado pelo líder opositor Leopoldo López.
"Designamos Leopoldo López para a criação do centro de governo", disse Guaidó em entrevista coletiva, na qual também anunciou a nomeação do deputado Julio Borges, exilado na Colômbia, como comissário presidencial para as relações exteriores.
Guaidó também nomeou o advogado Humberto Prado como comissário presidencial para direitos humanos e atendimento às vítimas, o engenheiro Alejandro Plaz para o desenvolvimento econômico, e o também advogado Javier Troconis para a gestão e recuperação de ativos.
De acordo com o autoproclamado presidente interino da Venezuela, o centro de governo será um espaço de articulação, o que poderia descumprir a imposição da Embaixada da Espanha em Caracas, de que não haja atividades políticas no local em que López está refugiado.
"Faremos tudo da melhor forma possível, para que não se descumpram as regras da Embaixada", garantiu Guaidó.
De todos os representantes que o chefe do Parlamento nomeou hoje, apenas López e Prado estão em território venezuelano. Além disso, Guaidó informou que nos próximos dias designará os adidos militares "nas embaixadas de países vizinhos".
O presidente autoproclamado ainda confirmou que Miguel Pizarro e Manuela Bolívar coordenarão a comissão de ajuda humanitéria, os parlamentares Juan Andrés Mejía e José Guerra comandarão o chamado "Plano País", e Sergio Vergara, junto com Juan José Rendón, trabará na estratégia e atenção à crise.
Em janeiro, quando Nicolás Maduro tomou posse em um novo mandato de seis anos, após vencer as eleições presidenciais, Guaidó se proclamou como presidente interino da Venezuela, que é reconhecido por mais de 50 países, entre eles, Estados Unidos e Brasil.