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Guatemala está sendo alvo de 'golpe de estado', diz presidente eleito do país

Arévalo de León, eleito nas eleicões de agosto, disse que 'políticos e funcionários corruptos se recusam a aceitar' o resultado das urnas

Internacional|Do R7


Cédula usada nas eleições
da Guatemala
Cédula usada nas eleições da Guatemala

O presidente eleito da Guatemala, Bernardo Arévalo de León, denunciou nesta sexta-feira (1°) o fato de que está "assistindo a um golpe de Estado em curso", devido às recentes ações contra o seu partido, a pouco menos de cinco meses para a cerimônia de posse.

Arévalo de León acusou a procuradora-geral e chefe do Ministério Público, Consuelo Porras, um juiz penal e a direção do Congresso, presidido pelo partido governista, de serem os promotores do golpe de Estado.

"Essas ações constituem um golpe de Estado, que está sendo promovido pelas instituições que deveriam garantir a justiça no nosso país", afirmou Arévalo de León, eleito no segundo turno das eleições presidenciais de 20 de agosto.

O presidente eleito, do partido Movimento Semente, revelou que o "golpe de Estado" também está sendo orquestrado pelo procurador Rafael Curruchiche e por "outros atores corruptos", que estão tentando "quebrar a ordem constitucional e violar a democracia".


Arévalo de León explicou que o "grupo de políticos e funcionários corruptos que se recusam a aceitar esse resultado pôs em marcha um plano para quebrar a ordem constitucional e violar a democracia".

Além disso, comentou que o "golpe está sendo levado a cabo passo a passo, por meio de ações espúrias, ilegítimas e ilegais, em diferentes instâncias, cujo objetivo é impedir a posse das autoridades eleitas, incluindo o presidente".


Contradição

O presidente eleito explicou que observa uma "contradição" na atuação das atuais autoridades em relação ao processo de transição. "Por um lado, vemos a formalidade protocolar do presidente (Alejandro Giammattei), e, ao mesmo tempo, há esse plano consecutivo", explicou Arévalo de León.

O político, de 64 anos, pediu à população "o seu apoio" e pediu a ela para que "defenda o mais sagrado, que é o voto". 


A perseguição contra Arévalo de León e o seu partido começou depois da sua surpreendente classificação para o segundo turno nas eleições de 25 de julho. Desde 12 de julho, o Ministério Público e o juiz criminal Fredy Orellana tentam suspender o seu partido por um suposto caso de assinaturas falsas durante a constituição do partido, em 2018.

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Na quarta-feira passada, o Congresso da Guatemala concordou em não reconhecer a bancada parlamentar do Semente. Nesta sexta-feira, a Organização dos Estados Americanos (OEA) alertou para o fato de que a "estabilidade democrática" está em risco na Guatemala devido à intervenção judicial no processo eleitoral.

Além disso, a OEA aprovou conceder "maior autoridade" ao secretário-geral, Luis Almagro, para supervisionar a transição de poder na Guatemala. No dia 14 de janeiro, Arévalo de León deverá assumir a Presidência para o período 2024-2028, substituindo Alejandro Giammattei.

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