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'Guerra da gasolina' no México parece não ter fim

Plano apresentado por Peña Nieto foi rejeitado por sindicatos

Internacional|Ansa

Milhares de mexicanos saíram às ruas para protestar contra os preços dos combustíveis no país
Milhares de mexicanos saíram às ruas para protestar contra os preços dos combustíveis no país

O plano do presidente do México, Enrique Peña Nieto, para amortizar o aumento da gasolina no país foi rejeitado por empresários, sindicatos e opositores.

A alta de 24% nos preços, que entrou em vigor no dia 1º de janeiro deste ano, causou uma série de protestos por todo o país e, ao menos, seis mortes.

Segundo a Confederação Patronal Mexicana (Coparmex), o plano sugerido por Peña Nieto tem apenas "objetivos políticos e midiáticos" e não tem "consenso".

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"A Copermex exige um compromisso que seja algo que toque a realidade de nosso país, a economia familiar, a classe média, que mire as nossas fortalezas, não nossas debilidades", escreveu em nota a entidade.


Ainda de acordo com a entidade, um consenso sobre o projeto "não pode ser construído em três dias" e a medida precisa ter "metas claras, ter objetivos pontuais e métricas que sirvam para avaliar os avanços".

Já a União Nacional dos Trabalhadores, que também rechaçou o acordo, convocou mais uma marcha para o dia 31 de janeiro, onde "será criado um manifesto único do sindicalismo mexicano".


No lado político, os opositores se manifestaram contra o pacto.

Para o líder da bancada do conservador PAN (Partido de Ação Nacional), deputado Fernando Herrera, o plano apresentado pelo governo "está sem compromisso real e sem ações claras" para beneficiar a população.

Em sua defesa, Peña Nieto afirmou que o aumentou foi necessário "porque o governo não tem margem de manobra" e que se isso não fosse feito seria necessário "cancelar programas sociais".

Como forma de diminuir o impacto da alta no preço da gasolina, ele sugeriu, entre outras coisas, adiantar o processo de repatriação de capital estrangeiro, criar empregos para obras de infraestruturas, como trens, aeroportos e portos, e "estabilizar a dívida pública", que teve crescimento entre 30% e 50% nos últimos quatro anos.

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