Guerra em Gaza: ‘Momento é o mais próximo para um cessar-fogo permanente’, diz especialista
Professora de relações internacionais analisa negociações dois anos depois do início do conflito
Internacional|Do R7
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Após dois anos de conflito desde os ataques terroristas de 7 de outubro contra Israel, líderes retomam as negociações, no Egito, com o plano proposto por Donald Trump para tentar selar a paz. “Esse é o momento mais próximo para um cessar-fogo permanente”, segundo Karina Stange Calandrin, professora de relações internacionais do Ibmec.
Em entrevista ao Jornal da Record News desta terça-feira (7), Karina explica que o acordo que está sendo discutido tenta chegar a um meio-termo aceitável por meio do desarmamento total do Hamas, sem exigir a retirada do grupo de Gaza. No entanto, os terroristas ainda não se posicionaram sobre essa condição.
“Para ele [Hamas], seria uma declaração de extinção do grupo e da razão de ser do grupo, porque o grupo tem na sua declaração de existência a destruição do estado de Israel. Então sem as armas, como ele atingiria esse objetivo?”, indaga.
Outra questão prevista pelo plano de Trump é a reconstrução da Faixa de Gaza. Karina aponta que, embora seja sugerido um fundo internacional para a reparação, o maior erro quanto a este ponto é não ter um prazo de início e conclusão, que demandará tempo e recursos devido às proporções da destruição.
“[Essa é] a condição principal para que a paz seja atingida, porque a população palestina merece retornar a sua vida, se possível, com o mínimo de dignidade”, segundo a professora.
Internamente, no entanto, Karina lembra que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu passa por um momento delicado de cálculo por conta das pressões. Enquanto aliados exigem o fim do conflito, partidos de direita se opõem a concessões ao Hamas ou à criação de um Estado palestino. A especialista explica que esse descontentamento pode resultar na saída dos partidos da coalizão e, por consequência, dissolver o governo.
“Netanyahu poderia perder o seu posto de primeiro-ministro e não conquistar apoio em novas eleições para retornar à cadeira de líder do governo”, conclui.
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